sábado, 29 de junho de 2013

D. Januário Torgal

Bispo das Forças Armadas comparou Passos Coelho a Salazar



Em declarações à TSF, D. Januário declarou-se “profundamente chocado” com o agradecimento de Passos à paciência dos portugueses, numa intervenção na quarta-feira comemorativa do primeiro aniversário da vitória do PSD nas legislativas de 2011.

“Portugal não tem Governo neste momento, e vão certos senhores dar uma passeata um certo dia a fazer propaganda tipo União Nacional, de não saudosa memória, pelo país a dizer que somos os melhores do mundo”, acentuou o bispo. D. Januário Torgal continuou: “Ao fim, ainda aparece um senhor que, pelos vistos, ocupa as funções de primeiro-ministro, dizendo obrigado à profunda resignação de um povo tão dócil e amestrado que merecia estar num jardim zoológico”.

O bispo foi, ainda, mais explícito. Retomando os elogios do primeiro-ministro à paciência dos portugueses que, no entender de Passos Coelho, se deve a “uma sociedade que está apostada em vencer as dificuldades e em resgatar o futuro”, D. Januário referiu: “Parecia-me que estava a ouvir o discurso de certa pessoa há 50 anos atrás”. Já em declarações ao canal SIC Notícias, o prelado concretizou a comparação, referindo o nome de Oliveira Salazar. Concluindo, D. Januário Torgal Ferreira deixou outra mensagem: “Apetecia-me dizer assim, vamos todos para a rua, não para fazer tumultos, vamos fazer democracia”.

Não é a primeira vez que o bispo das Forças Armadas suscita celeuma. Há alguns anos, admitiu o preservativos em relações sexuais de risco. E, aquando de uma visita do primeiro-ministro Cavaco Silva a Macau e Pequim, sugeriu que o chefe do Governo devia defender os direitos humanos.

Frontal e polémico no que diz respeito a temas da doutrina moral e disciplinar da Igreja, D. Januário é tolerado apenas com condescendência por vários dos seus pares, que consideram as suas posições demasiado heterodoxas e olham de soslaio para a sua atitude crítica. O bispo utiliza a sua formação na área da Filosofia para argumentar e defender as suas posições.

Luís Marques Mendes, antigo líder do PSD e actual comentador político no canal TVI 24, do cabo, diz que "comparar Passos Coelho a Salazar é ridículo e ofensivo".

Marques Mendes reagiu com muitas críticas às declarações de D. Januário Torgal, bispo das Forças Armadas, que comparou o actual primeiro-ministro ao homem que liderou a ditadura do Estado Novo.

Em declarações à TSF, D. Januário declarou-se “profundamente chocado” com o agradecimento de Passos à paciência dos portugueses, numa intervenção na quarta-feira comemorativa do primeiro aniversário da vitória do PSD nas legislativas de 2011.

Marques Mendes reagiu a isto nesta quinta-feira à noite no seu comentário semanal. "O elogio que o primeiro-ministro fez à paciência e à resistência dos portugueses foi uma atitude genuína, correcta e de grande sensibilidade política e social. É, de resto, um virar de página, uma mudança no discurso político de Passos Coelho", sustenta o antigo líder do PSD. Que acrescentou: "As declarações de D. Januário Torgal Ferreira a criticá-lo são declarações absolutamente inaceitáveis. No conteúdo e na forma."

D. Januário considerou que “Portugal não tem Governo neste momento, e vão certos senhores dar uma passeata um certo dia a fazer propaganda tipo União Nacional, de não saudosa memória, pelo país a dizer que somos os melhores do mundo. “Ao fim, ainda aparece um senhor que, pelos vistos, ocupa as funções de primeiro-ministro, dizendo obrigado à profunda resignação de um povo tão dócil e amestrado que merecia estar num jardim zoológico”.

Para Marques Mendes, "comparar Passos Coelho a Salazar não é só ridículo. É ofensivo."

O bispo foi, ainda, mais explícito. Retomando os elogios do primeiro-ministro à paciência dos portugueses que, no entender de Passos Coelho, se deve a “uma sociedade que está apostada em vencer as dificuldades e em resgatar o futuro”, D. Januário referiu: “Parecia-me que estava a ouvir o discurso de certa pessoa há 50 anos atrás”.

Marques Mendes respondeu: " Passos Coelho não assaltou o poder. Foi eleito de forma democrática, governa de modo legítimo, não é o responsável pela situação a que o país chegou e ainda por cima tem tido uma enorme coragem". Além disso, prosseguiu, "ninguém se recorda de o sr. Bispo ter criticado Sócrates quando deixou o país à beira da bancarrota". "O "senhor bispo não precisa de ser elogioso. Cada um tem as ideias que quer. O que não devia era ser insultuoso. E foi."

Não é a primeira vez que o bispo das Forças Armadas suscita celeuma. Há alguns anos, admitiu o preservativos em relações sexuais de risco. E, aquando de uma visita do primeiro-ministro Cavaco Silva a Macau e Pequim, sugeriu que o chefe do Governo devia defender os direitos humanos.

Frontal e polémico no que diz respeito a temas da doutrina moral e disciplinar da Igreja, D. Januário é tolerado apenas com condescendência por vários dos seus pares, que consideram as suas posições demasiado heterodoxas e olham de soslaio para a sua atitude crítica.

Marques Mendes considera que, além do conteúdo, também a forma "agressiva, crispada e intolerante" como o bispo se expressou não foi adequada. "Este homem prestou um mau serviço ao país, à Igreja e a si próprio".

|| Obviamente um exagero



O velho, porque sempre foi velho desde a idade de ser novo, de Santa Comba Dão era muito menos básico, dito de outra forma, muito mais inteligente. E tinha António Ferro. Pedro Passos Coelho tem Miguel Relvas. Et pour cause…

[Na imagem Salazar com António Ferro no lado direito da fotografia]

Paciência? Olhe que não, olhe que não

Com a declaração que a populaça é paciente, Passos Coelho meteu uma “argolada”: o pessoal não tem paciência, tem é consciência que as alternativas seriam bem piores. O que não sucede ao tal Torgal Ferreira, bispo e, por coincidência, das Forças Armadas. Daí, talvez as influências “golpistas” de português “básico”: pontapé p’rá frente e fé em Deus.

Já no tempo de Salazar não havia paciência: havia medo. O que sucede agora. Só que no passado ansiávamos pela liberdade e, hoje, receamos que nos deem a liberdade ao estilo: desenrasquem-se.

Mas se o tal Torgal de nome e bispo de profissão (penso que é profissão), souber de outras fontes de dinheiro dispostas a suportar tais preocupações cristãs… eu alinho.

Podemos correr com o salazarento do Passos e, tal como os bebés, mandar vir o Sócrates; porque se temos quem nos garanta a massa, precisamos de quem a saiba gastar. Dai, que venha o melhor: Sócrates. E pode o Sampaio voltar à presidência para explicar à malta que défice é tópico anedoteiro.

Ando receoso de também ser contaminado pela eurodemia “syriza” que, além da esquerda, também está a afetar a direita espanhola. Os sintomas levam os doentes a abandonar o velho ditado: “paga e não bufes”; sendo apossados da paranoia: “bufo e não pago”. Os comportamentos de juventude inconsequente, ao estilo: a gente tem direito a gozar a vida, são o sintoma mais notório.

Um Torgal cheio de fé em que é preciso, não mais Deus, mas bagunça ruada e Rajoy com fé que é preciso mais Europa, são soluções convergentes no… é preciso que alguém pague para que a malta gaste.

Encontrada a solução, resta-nos – com a bênção do Torgal - oferecer um par de patins ao Passos e empurrá-lo para Santa Comba Dão.

Depois… bem, depois é só crescer como se não houvesse amanhã.

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