quarta-feira, 18 de maio de 2022

Eduardo Hugles Galeano

 

Eduardo Hugles Galeano




Eduardo Hugles Galeano nasceu na capital do Uruguai, Montevidéu, no dia 03 de Setembro de 1940.

Aos 14 anos de idade vendeu sua primeira "charge política" para o jornal “El Sol”, do Partido Socialista. Trabalhou também como pintor, datilógrafo e até caixa de um banco, e embora tenha dado o primeiro passo da sua carreira na imprensa antes mesmo de completar 15 anos, foi apenas no final da década de 60 que conseguiu afirmar-se como jornalista e chefe de redação num jornal semanal, trabalhando ao lado de importantes colaboradores. Foi também editor do jornal "Época".

Com a instauração do regime militar no Uruguai, nos anos 70, foi perseguido pela publicação de seu livro “As Veias Abertas da América Latina”, onde o autor analisa a história da América Latina desde o colonialismo, até o século XX.

Em 1973, foi preso em consequência do golpe militar no seu país, tendo sido obrigado a exilar-se na Argentina, onde lançou a revista cultural “Crisis”.

Em 1976, Galeano mudou-se para a Espanha, devido ao aumento considerável da violência instaurada pela ditadura militar argentina. Em Espanha lança, em 1985, o livro “Memória do Fogo”, e nesse mesmo ano retorna ao Uruguai.

Em 2006, ganhou o Prêmio Internacional dos Direitos Humanos.

Galeano ultrapassa as fronteiras entre os gêneros literários com seus escritos, iniciando sua obra como narrativa, passando ao ensaio, passeando entre a poesia e a crónica.

Faleceu em Montevidéu, no Uruguai, no dia 13 de Abril de 2015,deixandos inumeráveis motivos de reflexão como estes:











Os europeus são uns bananas irresponsáveis e lambe botas


Por
Francisco Ferreira


«Senti-me envergonhado quando li que um grupo de países se comprometeu a gastar 2% do PIB com a compra de armas para responder ao que está acontecendo. Loucos!»
PAPA FRANCISCO

SITUAÇÃO NA UCRÂNIA É «GUERRA POR PROCURAÇÃO», ADMITE EX-FUNCIONÁRIO DA CASA BRANCA.

Artigo completo aqui:

https://www.abrilabril.pt/internacional/situacao-na-ucrania-e-guerra-por-procuracao-admite-ex-funcionario-da-casa-branca

O pesadelo da Jugoslávia, 23 anos depois.

Artigo completo aqui:

https://www.abrilabril.pt/internacional/o-pesadelo-da-jugoslavia-23-anos-depois

PERGUNTAS :
​AS INCONGRUÊNCIAS DOS TRATADOS BELICISTAS

1º - HAVRÁ BASES DA NATO NOS EUA E /OU NO CANADÁ E NO MÉXICO ?

2º - QUANTOS SOLDADOS EUROPEUS HÁ NESSAS BASES ?

3º - RECENTEMENTE TEM SIDO NOTICIADO POR VÁRIAS VEZES A VINDA DE MILHARES DE SOLDADOS DOS EUA PARA PAISES EUROPEUS . ESSES SOLDADOS TEM VINDO A PEDIDO DOS EUROPEUS E NESSE CASO DE QUEM PEDIU? ?

4º - QUEM PEDIU A VINDA DESSES MILITARES TEM COMPETÊNCIA PARA O FAZER ?
CASO NÃO TENHA PASSAM A SER OU NÃO EQUIPARADAS A FORÇAS DE OCUPAÇÃO ?

5º- AS DIVERSAS CONSTITUIÇÕES PERMITEM ESTAS MOVIMENTAÇÕES DE TROPAS ESTRANGEIRAS ?
NO CASO DE TEREM VINDO PARA PORTUGAL A NOSSA CONSTITUIÇÃO PERMITE ISSO ?

QUEM SOUBER QUE RESPONDA !

sexta-feira, 6 de maio de 2022

Portugal aos olhos de uma brasileira

Ruth Manus é advogada e professora universitária e escreve num blogue num Jornal de S. Paulo. E escreveu isto sobre Portugal, num texto que deve ser (é !) um orgulho lermos:
«Dentre as coisas que mais detesto, duas podem ser destacadas:
Ingratidão e pessimismo.
Sou incuravelmente grata e optimista e, comemorando quase 2 anos em Lisboa, sinto que devo a Portugal o reconhecimento de coisas incríveis que existem aqui, embora me pareça que muitos nem percebam.
Não estou dizendo que Portugal seja perfeito.
Nenhum lugar é.
Nem os portugueses são, nem os brasileiros, nem os alemães, nem ninguém.
Mas para olharmos defeitos e pontos negativos basta abrir qualquer jornal, como fazemos diariamente.
Mas acredito que Portugal tenha certas características nas quais o mundo inteiro deveria inspirar-se.
Para começo de conversa, o mundo deveria aprender a cozinhar com os portugueses.
Os franceses aprenderiam que aqueles pratos com porções minúsculas não alegram ninguém.
Os alemães descobririam outros acompanhamentos além da batata.
Os ingleses aprenderiam tudo do zero.
Bacalhau e pastel de nata ?
Não.
Estamos falando de muito mais.
Arroz de pato, arroz de polvo, alheira, peixe fresco grelhado, ameijoas, plumas de porco preto, grelos salteados, arroz de tomate, baba de camelo, arroz doce, bolo de bolacha, ovos moles.
Mais do que isso, o mundo deveria aprender a se relacionar com a terra como os portugueses se relacionam.
Conhecer a época das cerejas, das castanhas e da vindima.
Saber que o porco é alentejano, que o vinho do Porto é do Douro.
Talvez o pequeno território permita que os portugueses conheçam melhor o trajeto dos alimentos até a sua mesa, diferente do que ocorre, por exemplo, no Brasil.
O mundo deveria saber ligar a terra à família e à história como os portugueses.
A história da quinta do avô, as origens transmontanas da família, as receitas típicas da aldeia onde nasceu a avó.
O mundo não deveria deixar o passado escoar tão rapidamente por entre os dedos.
E se alguns dizem que Portugal vive do passado, eu tenho certeza de que é isso o que os faz ter raízes tão fundas e fortes.
O mundo deveria ter o balanço entre a rigidez e a afecto que têm os portugueses.
De nada adiantam a simpatia e o carisma brasileiros se eles nos impedem de agir com a seriedade e a firmeza que determinados assuntos exigem.
O deputado Jair Bolsonaro, que defende ideias piores que as de Donald Trump, emergiu como piada e hoje se fortalece como descuido no nosso cenário político.
Nem Bolsonaro nem Trump passariam em Portugal .
Os portugueses - de direita ou de esquerda - não riem desse tipo de figura, nem permitem que elas floresçam.
Ao mesmo tempo, de nada adianta o rigor japonês que acaba em suicídio, nem a frieza nórdica que resulta na ausência de vínculos.
Os portugueses são dos poucos povos que sabem dosar rigidez e afecto, acidez e doçura, buscando sempre a medida correta de cada elemento, ainda que de forma inconsciente.
Todo país do mundo deveria ter uma data como o 25 de Abril para celebrar.
Se o Brasil tivesse definido uma data para celebrar o fim da ditadura, talvez não observássemos com tanta dor a fragilidade da nossa democracia.
Todo país deveria fixar o que é passado e o que é futuro através de datas como essa.
Todo idioma deveria conter afecto nas palavras corriqueiras como o português de Portugal transporta .
Gosto de ser chamada de “ miúda“.
Gosto de ver os meninos brincando e ouvir seus pais chama-los carinhosamente de “ putos “.
Gosto do uso constante de diminutivos.
Gosto de ouvir ” magoei-te ? ” quando alguém pisa no meu pé.
Gosto do uso das palavras de forma doce.
O mundo deveria aprender a ter modéstia como os portugueses, embora os portugueses devessem ter mais orgulho desse seu país do que costumam ter.
Portugal usa suas melhores características para aproximar as pessoas, não para afastá-las.
A arrogância que impera em tantos países europeus, passa bem longe dos portugueses.
O mundo deveria saber olhar para dentro e para fora como Portugal sabe.
Portugal não vive centrado em si próprio como fazem os franceses e os norte americanos.
Por outro lado, não ignora importantes questões internas, priorizando o que vem de fora, como ocorre com tantos países colonizados.
Portugal é um país muito mais equilibrado do que a média e é muito maior do que parece.
Acho que o mundo seria melhor se fosse um pouquinho mais parecido com Portugal.
Ruth Manus
    (texto integral)