quarta-feira, 24 de julho de 2013

Assunção Esteves

Foi muito pouco convincente o “desmentido” de Assunção Esteves sobre a “ameaça de demissão” que lhe é atribuída por vários jornais.


É difícil que tivesse sido apenas uma única fonte a informar os jornais desse “desabafo” da Presidente da AR. Não valia a pena, pois, ter “estragado” a indiscutível vitória que conseguiu – o acordo entre os partidos – para a Comissão de Inquérito Parlamentar ao BPN.




Nem se percebe, aliás, porque razão Assunção Esteves desmentiu a notícia. A ameaça de “ir embora” pelos motivos que se conhecem – o braço-de-ferro entre os líderes parlamentares – é-lhe favorável porque mostra uma firmeza que só lhe fica bem.

Nos últimos tempos, o Governo tem feito também desmentidos em que ninguém acredita: Foi o caso da fuga de informação sobre o Conselho de Ministros em que Vítor Gaspar e Álvaro Santos Pereira (com o primeiro ministro ausente) disputaram o Qren; a demissão do Sec Estado da Energia por “motivos pessoais e familiares”, quando se sabe que foi por causa da EDP; e ontem o primeiro Ministro a dizer aos jornalistas que ainda não conhecia os termos da aprovação da Comissão de Inquérito ao BPN.

Não admira que os jornalistas olhem para a “classe” política com sobranceria, desconfiança e cinismo. É que eles são simultaneamente os que recebem as informações e os que recebem também os desmentidos a essas mesmas informações. às vezes vindos do mesmo lado. A política, no seu sentido mais nobre, pode ser mais do que este jogo de conveniências. Pode sobretudo aproximar-se da verdade.


REFORMA

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