As casinhas no Algarve . e as companhias!!!
Percebe-se agora a afirmação de quando eram uns "míseros professores"... Afinal a reforma dela só é 800 ... Ele compensa com os mais de 10.000 das suas...
Quem acredita que uma Professora da Católica receba uma reforma de 800 Euros? Será que a Católica está a fugir ao Fisco? Aproveito para divulgar os rendimentos que esta Senhora declarou na declaração de rendimentos do marido.
DECLARAÇÃO DE RENDIMENTOS DE MARIA CAVACO SILVA:
- CONTA À ORDEM NO BCP 882022 (1ª TITULAR) 21.297,61 EUROS
- ACÇÕES NO BPI 6287
- ACÇÕES NO BCP 70.475
BRISA - 500
COMUNDO - 12
ZON - 436
JERONIMO MARTINS - 15.000
- DEPOSITO A PRAZO 350.000,00 EUROS COM VENCIMENTO EM 04/04/2011
- OBRIGAÇÕES - BCP FINANCE 330 UNIDADES
- JUROS PERPÉTUA 4.239%
- FUNDOS DE INVESTIMENTO FUNDO ACÇÕES DE PORTUGAL - 2.340 UNIDADES
- MILLENIUM EURO CARTEIRA 4.324.138 UNIDADES
- POJRMF FUNDES EURO BAND EQUITY FUND - 118.841.510 UNIDADES.
- PPR - 52.588,65 EUROS.
- BPI CONTA Nº 60933.5 DEPÓSITO À ORDEM - 6.557 EUROS
- DEPÓSITO A PRAZO - 140.000,00 JURO 2,355% COM VENCIMENTO EM 21/02/2011
- 70.000.00 EUROS JUROS 2.355% COM VENCIMENTO 20.03.2011.
Para uma reforma de 800 euros esta poupança é bestial
Atenção aos democratas:
Cavaco Silva tem sido acusado de se ter adaptado muito bem ao regime de ditadura-fascista de antes de 25 de Abril de 1974. Ele tem argumentado,desculpando-se, que se tratou de algo do tempo da juventude.
Acontece que isso não é verdade já que depois de adulto e como governante premiou por bons serviços à Pátria dois conhecidos PIDES e na mesma altura negou o pedido de uma pensão a
Salgueiro Maia quando este já se encontrava em estado de grande degradação devido a um cancro do qual acabou por morrer.
É fácil dizer que é democrata mas é difícil ter um comportamento democrático nos momentos de clarificação.
Com a crise em curso muitos comentadores têm dito que muitos investidores bolsistas foram gananciosos porque acreditaram em taxas elevadas que não seriam possíveis concretizar. Dizem que esses gananciosos cavaram as suas perdas acreditando em especuladores que se comportaram como ladrões (alguns estão na cadeia). Dizem que quem investiu nesses ladrões se comportou como
ladrão pois é do comum bom senso que não são possíveis taxas de lucro tão elevadas.
Há quem diga que só se é vigarizado quando se tem um intimo uma desmedida ganancia ou espírito oportunista.
Cavaco Silva, que se considera grande economista, alinhou em vender acções com taxas de lucro superiores a 100% quando vendeu o "investimento" em acções na empresa proprietária do banco BPN. Cavaco Silva ou é mau economista ou é oportunista pois sabe que tais negócios não são possíveis.
Cavaco Silva alinhou num negócio no mínimo estranho e fê-lo com pessoas que se encontram sob a alçada da justiça. Essas pessoas também foram os seus maiores doadores em dinheiro na campanha eleitoral anterior.
Não queiramos um Presidente da Republica assim
A múmia de Belém
45 mil são os euros por dia para a Presidência da República, nas contas do Palácio de Belém.
Assim descobriu o DN que a Presidência da República custa 16 milhões de euros por ano (163 vezes mais do que custava Ramalho Eanes), ou seja, 1,5 euros a cada português (uma bagatela para os tempos que correm!).
...Dinheiro que, para além de pagar o modesto (digo bem!) salário de Cavaco, sustenta ainda os seus 12 assessores e 24 consultores, bem como o restante pessoal que garante o funcionamento da Presidência da República.
A juntar a estas despesas, há ainda cerca de um milhão de euros de dinheiro dos contribuintes que todos os anos serve para pagar pensões e benefícios aos antigos presidentes (o que não tá mal).
Os 16 milhões de euros que são gastos anualmente pela Presidência da República colocam Cavaco Silva entre os chefes de Estado que mais gastam em toda a Europa, gastando o dobro do Rei Juan Carlos de Espanha (oito milhões de euros) sendo apenas ultrapassado pelo presidente francês, Nicolas Sarkozy & Madame Carlita (112 milhões de euros) e ainda pela Rainha de Inglaterra Isabel, que custa 46,6 milhões de euros anuais.
E aí tem o senhor Aníbal Cavaco Silva, no seu melhor:
com a desfaçatez de nos vir dizer que : “os sacrifícios são para ser ‘distribuídos’ por todos os portugueses”…
… então tá bem ó meu! ...
(…? E não se pode ‘privatizar’ a Presidência da República ?...)
Um povo que não volta as costas a quem mais precisa!
A Presidência da República emitiu esta sexta-feira à noite uma nota a
agradecer ao cidadão que pagou um bolo de arroz e um sumo ao Presidente,
depois de o encontrar em Santo Tirso, à porta de uma pastelaria.
Cavaco estava apenas de passagem para uma inauguração, mas o indivíduo
tinha acabado de ver nas notícias as declarações do Presidente, onde
lamentou que o que ganha não chega para fazer face às despesas.
«Tinha acabado de ver nas notícias e quando saio à rua, dou de caras com
Sr.Presidente. Disse-lhe logo que dinheiro não dava, porque depois ele gastava tudo no
BPN, mas aceitei pagar-lhe um bolo e um sumo», relata o indivíduo: «Os olhos
do Presidente arregalaram e só me perguntou se o sumo podia ser sem gaz, porque o povo já não aguenta tanta flatulência.»
Na nota da Presidência da República pode ler-se que «o Presidente da
República ficou muito reconhecido com a oferta daquele cidadão, e com o tamanho
do bolo de arroz, que chegou para a Primeira Dama,pois a mesma também atravessa dificuldades».
Cavaquistas
O professor Marcelo - figura de uma nova iconografia mediática portuguesa - atiçou mais uma acha da fogueira.
É o velho espírito traquinas do miúdo que tocava às campainhas que, volta e meia, regressa à superfície e às primeiras páginas. Desta vez foi pelo aviso que deixou aos "cavaquistas anónimos" pedindo-lhes que "desamparem a loja" do cavaquismo real e profundo. A referência à "loja", na atual conjuntura, poderia trazer água no bico, ou ser mesmo "imprudente", como dizem agora os comentadores desportivos quando um atleta entra com as patas e os pitons às pernas, braços, cabeça ou tronco do adversário. Mas não é o caso. Quem o professor quis atingir foram os cavaquinhos, que saem, em dimensões cada vez mais diminutas, da grande matrioschka do cavaquismo, todos eles invocando em vão o santo nome do mestre.
Alguns destes cavaquistas anónimos colaram-se recentemente a críticas veladas do cavaquismo real, verberando os valores ultraliberais do ministro das Finanças em nome da social-democracia. Criticando os críticos em nome do cavaquismo de raiz, o professor Marcelo está a contribuir para a monda do cavaquismo. Mas está também a não deixar esquecer que quem começou este processo de denúncia e seleção foi Cavaco, o próprio, quando lançou a calda da equidade sobre a cultura fiscal.
As reações não se fizeram esperar. Marques Mendes, outro ícone, classificou já a colagem de cavaquistas não autorizados às críticas do cavaquismo autêntico como "um mau serviço ao País"; o próprio secretário-geral do PS sentenciou que "não é o momento" para "desavenças" entre setores da maioria; e o professor Marcelo falou da cátedra do pequeno ecrã.
A grande questão é que, com tanta gente a falar, não se percebe o que diz o próprio Cavaco Silva.
Não seria a primeira vez que Portugal teria um chefe de Estado com parafusos a menos. Nem a segunda. Bom… nem a terceira (sem referir as insanidades prováveis, mas nunca oficialmente comprovadas). Recordem-se os casos da rainha D. Maria I, que não recebeu o desagradável epíteto de “a louca” por ser a pessoa mais normal do seu bairro, de D. Afonso VI, que irrompia em gritos histéricos sempre que via uma cebola e tentou contrair matrimónio com a torre esquerda da Sé de Lisboa, de Américo Tomás, que fazia questão de inaugurar obras majestosas que apenas existiam na sua cabeça, ou de Costa Gomes, que passou os seus dois anos como presidente convencido de que orientava os destinos da Checoslováquia e fazendo bolhas de saliva com a boca sempre que alguém lhe falava na Cortina de Ferro.
Se a loucura de líderes passados poderá ter alguma graça, a senilidade do Presidente da República actual será mais preocupante, sobretudo porque os indícios não param de se suceder. Segue-se uma listagem sucinta dos sintomas presidenciais.
§ O primeiro sintoma, que despertou a atenção dos portugueses para o comportamento bizarro de Cavaco Silva, foram as declarações ao país. Diferindo por completo do primeiro-ministro que pedia para o deixarem trabalhar, mostrando-se alérgico às interacções comunicativas e falando aos cidadãos apenas se tivesse mesmo de ser, Cavaco Presidente começou por interromper o horário nobre televisivo para comentar o estatuto político dos Açores, batendo o recorde de irrelevância política até então na posse de Charles de Gaulle (em 1967, convocou os jornalistas ao Eliseu para informar que decidira mudar a sua cor preferida de azul para verde). Depois das eleições legislativas, quando o país desesperava por saber se era ou não verdade que o primeiro-ministro teria ordenado escutas ao Presidente, Cavaco volta a enfrentar as câmaras para, numa diatribe de dez minutos, não esclarecer a suspeita original e levantar outras quatro ou cinco. A propósito do casamento entre pessoas do mesmo sexo, novo comunicado ao país para explicar que o Presidente não acha bem que se chame “casamento” a tal união, mas isso não o impedirá de promulgar o diploma, lamentando a inexistência de consenso político capaz de evitar clivagens desnecessárias (como as que existiriam, por exemplo, se, numa questão polémica, um presidente em exercício esquecesse a imparcialidade e tomasse partido).
§ No cumprimento das suas funções oficiais, Cavaco tem-se mostrado confuso com as personalidades que recebe. Há muito que José Sócrates vem manifestando a colaboradores próximos o desconforto por constatar que o Presidente insiste em tratá-lo por “Marques Mendes”. Outras figuras se têm queixado discretamente do mesmo. Sempre que se encontram, o Presidente chama “Santana Lopes” a Durão Barroso. Por outro lado, nos contactos esporádicos com o legítimo Santana Lopes, o antigo autarca lisboeta e figueirense, primeiro-ministro, presidente do Sporting e secretário de Estado da Cultura aceita com dificuldade que Cavaco lhe chame “Sr. Barbosa” e lhe peça para ir lá a casa tirar medidas para uma marquise.
§ Bento XVI viu-se forçado a conter o espanto quando, ao chegar a Portugal, o presidente português lhe apresentou a esposa, o cardeal-patriarca e o seu amigalhaço, Jesus Cristo. Manifestando admirável caridade cristã, o papa alinhou no delírio e estendeu a mão ao jarrão de malmequeres que Cavaco apontava.
§ Quando passa férias no seu Algarve natal, Cavaco exige vigilância apertada e um perímetro de segurança alargado em torno da sua propriedade, proibindo-se a circulação a todos os veraneantes com nomes começados por F ou que vistam peças de roupa de cor amarela. Quem cumprir em simultâneo os dois requisitos deverá ser imediatamente detido e libertado apenas depois de envolto em papel de embrulho com motivos natalícios, ordem que os guarda-costas têm tido a sensatez de ignorar na maior parte das ocasiões.
§ Sempre que ouve a palavra “défice”, o Presidente da República tem de cantar cinco vezes seguidas o hino do PSD e lavar abundantemente as mãos com água morna e sumo de maracujá. Por enquanto, tem conseguido adiar a compulsão para momentos de recato, mas não se sabe quanto tempo durará. De igual modo, sempre que Cavaco vê Manuel Alegre, sente-se obrigado a dar estalos com os dedos e a repetir “Fonte de Boliqueime” até alguém lhe enfiar discretamente um comprimido na boca. (Curiosamente, sempre que vê Cavaco, Manuel Alegre sente-se igualmente obrigado a cofiar a barba enquanto improvisa rimas com “liberdade”, “pátria” e “democracia”.)
E como reagem os portugueses à possível senilidade do seu presidente? De acordo com sondagem inépcia-Retrosaria Tancredo dos Botões, 60% dos inquiridos não se importam “que o Mário Soares esteja xexé desde que continue a falar bem às pessoas”; 25% preferiam que fosse de outra forma, mas, se não puder ser, paciência; 8% gostaram muito da visita de Sua Santidade, o papa, e esperam que volte depressa; e 7% não podem responder porque têm de ir para casa apagar o fogão que o tacho já deve ter levantado fervura.
Para os analistas internacionais, as mudanças provocadas no país pela senilidade presidencial oscilarão entre “nenhumas”, “imperceptíveis” e “insignificantes”, pelo que os portugueses são aconselhados a assobiar para o lado e esperar que alguém venha apagar a luz.
Algumas das reminiscências da minha escola primária têm a ver com vacas. Porque a D.ª Albertina, a professora, uma mulher escalavrada e seca, mais mirrada que uva-passa, tinha um inexplicável fascínio por vacas. Primavera e vacas. De forma que, ora mandava fazer redacções sobre a primavera, ora se fixava na temática da vaca. A vaca era, assim, um assunto predilecto e de desenvolvimento obrigatório, o que, pela sua recorrência, se tornava insuportavelmente repetitivo. Um dia,o Zeca da Maria "gorda", farto de escrever que a vaca era um mamífero vertebrado, quadrúpede ruminante e muito amigo do homem a quem ajudava no trabalho e a quem fornecia leite e carne, blá, blá, blá, decidiu,num verdadeiro impulso de rebelião criativa, explicar a coisa de outra
forma. E, se bem me lembro ainda, escreveu mais ou menos isto:
"A vaca, tal como alguns homens, tem quatro patas, duas à frente, duas atrás, duas à direita e duas à esquerda. A vaca é um animal cercado de pêlos por todos os lados, ao contrário da península que só não é cercada por um. O rabo da vaca não lhe serve para extrair o leite, mas para enxotar as moscas e espalhar a bosta. Na cabeça, a vaca tem dois cornos pequenos e lá dentro tem mioleira, que o meu pai diz que faz muito bem à inteligência e, por não comer mioleira, é que o padre é
burro como um tamanco. Diz o meu pai e eu concordo, porque, na doutrina, me obriga a saber umas merdas de que não percebo nada como as bem-aventuranças. A vaca dá leite por fora e carne por dentro, embora agora as vacas já não façam tanta falta, porque foi descoberto o leite em pó. A vaca é um animal triste todo o ano, excepto no dia em que vai ao boi, disse-me o pai do Valdemar "pauzinho", que é dono do boi onde vão todas as vacas da freguesia. Um dia perguntei ao meu pai
o que era isso da vaca ir ao boi e levei logo um estalo no focinho. O meu pai também diz que a mulher do regedor é uma vaca e eu também não entendi. Mas, escarmentado, já nem lhe perguntei se ela também ia ao boi.". Escusado será dizer que a D.ª Albertina, pouco dada a brincadeiras criativas, afinfou no pobre do Zeca um enxerto de porrada a sério. Mas acabou definitivamente com a vaca como tema de redacção.
Recordei-me desta história da D.ª Albertina e da vaca do Zeca da Maria "gorda", ao ler que Cavaco Silva, presidente da República desta vacaria indígena, em visita oficial ao Açores, saiu-se a certa altura com esta pérola vacum:
"Ontem eu reparava no sorriso das vacas, estavam satisfeitíssimas olhando o pasto que começava a ficar verdejante"
Este homem, que se deixou rodear, no governo, pelo que viria a ser a maior corja de gatunos que Portugal politicamente produziu; este homem, inculto e ignorante, cuja cabeça é comparada
metaforicamente ao sexo dos anjos; este político manhoso que sentiu necessidade de afirmar publicamente que tem de nascer duas vezes quem seja mais honesto que ele; este "cagarola" que foi humilhado por João Jardim e ficou calado; este homem que, desgraçadamente, foi eleito
presidente da República de Portugal, no momento em que a miséria e a fome grassam pelo país, em que o desemprego se torna incontrolável, em que os pobres são miseravelmente espoliados a cada dia que passa, este homem, dizia, não tem mais nada para nos mostrar senão o fascínio pelo
"sorriso das vacas", satisfeitíssimas olhando o pasto que começava a ficar verdejante"! Satisfeitíssimas, as vacas?! Logo agora, em tempos de inseminação artificial, em que as desgraçadas já nem sequer dispõem da felicidade de "ir ao boi", ao menos uma vez cada ano!
Noticiava há dias o Expresso que, há mais ou menos um ano e aquando de uma visita a uma exploração agrícola no âmbito do Roteiro da Juventude, Cavaco se confessou
"surpreendidíssimo por ver que as vacas, umas atrás das outras, se encostavam ao robô
e se sentiam deliciadas enquanto ele, durante seis ou sete minutos, realizava a ordenha"
Como se fosse possível alguma vaca poder sentir-se deliciada ao passar seis ou sete minutos com um robô a espremer-lhe as tetas!! Não sei se o fascínio de Cavaco por vacas terá ou não uma explicação freudiana. É possível. Porque este homem deve julgar-se o capataz de uma imensa vacaria, metáfora de um país chamado Portugal, onde há meia-dúzia de "vacas sagradas", essas sim com direito a atendimento personalizado pelo "boi", enquanto as outras são inexoravelmente
"ordenhadas"! Sugadas sem piedade, até que das tetas não escorra mais nada e delas não reste senão peles penduradas, mirradas e sem proveito.
A este "Américo Tomás do século XXI" chamou um dia João Jardim, o "sr.Silva". Depreciativamente, conforme entendimento generalizado. Creio que não. Porque este homem deveria ser simplesmente "o Silva". O Silva das vacas. Presidente da República de Portugal. Desgraçadamente.
Exmo. Sr. Presidente da República, Dr. Aníbal Cavaco Silva,
o meu nome é Catarina Patrício, sou licenciada em Pintura pela Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, fiz Mestrado em Antropologia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, sou doutoranda em Ciências da Comunicação também pela FCSH-UNL, projecto de investigação "Dissuasão Visual: Arte, Cinema, Cronopolítica e Guerra em Directo" distinguido com uma bolsa de doutoramento individual da Fundação para a Ciência e Tecnologia. A convite do meu orientador, lecciono uma cadeira numa Universidade. Tenho 30 anos.
Não sinto qualquer orgulho na selecção de futebol nacional. Não fiquei tão pouco impressionada... O futebol é o actual opium do povo que a política subrepticiamente procura sempre exponenciar. A atribuição da condecoração deCavaleiro da Ordem do Infante Dom Henrique a jogadores de futebol nada tem que ver com "a visão de mundo" (weltanschauung) que Aquele português tinha. A conquista do povo português não é no relvado. Sinto orgulho no meu percurso, tenho trabalhado muito e só agora vejo alguns resultados. Como é que acha que me sinto quando vejo condecorado um jogador de futebol? Depois de tanto trabalho e investimento financeiro em estudos?!! Absolutamente indignada.
Sinto orgulho em muitos dos professores que tive, tanto no ensino secundário como no superior. Sinto orgulho em tantos pensadores e teóricos portugueses que Vossa Excelência deveria condecorar. Essas pessoas sim são brilhantes, são um bom exemplo para o país... fizeram-me e ainda fazem querer ser sempre melhor. Tenho orgulho nos meus jovens colegas de doutoramento pela sua persistência nos estudos, um caminho tortuoso cujos resultados jamais são imediatos, isto numa contemporaneidade que sublinha a imediaticidade. Tenho orgulho até em muitos dos meus alunos, que trabalham durante o dia e com afinco estudam à noite....
São tantos os portugueses a condecorar...
e o Senhor Presidente da República condecorou com a distinção de Cavaleiro da Ordem do Infante Dom Henrique jogadores de futebol... e que alcançaram o segundo lugar... que exemplo são para a nação? Carros de luxo, vidas repletas de vaidades... que exemplo são?!
apresento-lhe os meus melhores cumprimentos,
Catarina
O pobre Cavaco
27 Janeiro 2012 | 11:59
Baptista Bastos - b.bastos@netcabo.pt
A pátria, estarrecida, assistiu, nos últimos dias, à declaração de pobreza do dr. Cavaco, e aos ecos dessa amarga e pungente confissão.
A pátria, estarrecida, assistiu, nos últimos dias, à declaração de pobreza do dr. Cavaco, e aos ecos dessa amarga e pungente confissão. O gáudio e o apoucamento, a crítica e a repulsa foram as tónicas dominantes das emoções. Os blogues, aos milhares, encheram-se de inauditos gozos, e a Imprensa, grave e incomodada, não deixou de zurzir no pobre homem. Programas de entretenimento matinal, nas têvês, transformaram o coitado num lázaro irremissível. Até houve um peditório, para atenuar as suas preocupações de subsistência, com donativos entregues no Palácio de Belém. Porém, se nos detivermos, por pouco que seja, no dr. Cavaco e na sua circunstância notaremos que ele sempre assim foi: um portuguesinho no Portugalinho.
Lembremo-nos desse cartaz hilariante, aposto em tudo o que era muro ou parede, e no qual ele aparecia, junto de um grupo de enérgicos colaboradores, sob o extraordinário estribilho: "Deixem-nos trabalhar!" Cavaco governava pela primeira vez e os publicitários colocaram-no e aos outros em mangas de camisa arregaçadas. Os humoristas de serviço rilharam os dentes, de gozo, mas a época não era propícia à ironia. O País tornou-se numa espécie de imagem devolvida do primeiro-ministro: hirto, um espeque rígido, liso, um carreirinho de gente cabisbaixa.
O respeitinho é muito lindo: essa marca d'água do salazarismo regressava para um país que perdera a noção do riso, se é que alguma vez o tivera. Cavaco resulta desse anacronismo que fede a mofo e a servidão. É um sujeito de meia-tijela, inculto, ignorante das coisas mais rudimentares, iletrado e, como todos os iletrados, arrojado nas afirmações momentâneas. As suas "gaffes" fazem história no anedotário nacional. É um Américo Tomás tão despropositado, mas tão perigoso como o original.
Manhoso, soube aproveitar o momento vazio, no rescaldo de uma revolução que também acabou no vazio. Os rios de dinheiro provindos de Bruxelas, e perdulariamente gastos, durante os infaustos anos dos seus mandatos, garantiram-lhe um lugar de aplauso nas consciências desprotegidas dos portugueses. Este apagamento da verdade está inscrito, infelizmente, numa Imprensa servida por estipendiados, cuja virtude era terem o cartão do partido. Ainda hoje essa endemia não foi extirpada. Repare-se que, fora alguns escassos casos isolados, ainda não foi feita a crítica aos anos de Cavaco e das suas trágicas consequências políticas, ideológicas, morais e sociais. Há uma falta de coragem quase generalizada, creio que explicada pela teia reticular de cumplicidades, envolvendo poderes claros e ocultos.
A mediocridade da personagem é cada vez mais evidente. E se, no desempenho das funções de primeiro-ministro, foi sustentado pela falsa aparência de el dourado, devido aos dinheiros da Europa, generosamente distribuídos por amigos e prosélitos, como Presidente da República é uma calamidade afrontosa. Tornou o lugar desacreditante e desacreditado.
Logo no primeiro dia da sua entrada no palácio de Belém, o ridículo até teve música. Um país espavorido assistiu, pelas televisões, sempre zelosas e apressuradas, àquela cena do dr. Cavaco, mãos dadas com toda a família, a subir a rampa que conduz ao Pátio dos Bichos, e ao interior do edifício. Um palácio que não merecia recolher tal inquilino. Mas ele é mesmo assim: um portuguesinho no Portugalinho, um inesperadamente afortunado algarvio, sem história nem grandeza, impelido para o seu peculiar paraíso. A imagem da subida da ladeira possui algo de ascensão ao Olimpo, com aquelas figuras muito felizes, impantes, formais, intermináveis. Mas há nisto um panteísmo marcadamente ingénuo e tolo, muito colado a certa maneira de ser portuguesinho e pobrezinho: tudo em inho, pequenininho, redondinho.
Cavaco nunca deixou de ser o que era. Até no sotaque que não perdeu e o leva a falar num idioma desajeitado; no inábil que é; no piroso corte de cabelo à Cary Grant; no embaraço que sente quando colocado junto de multidões ou de pessoas que ele entende serem-lhe "superiores." Repito: ele não dispõe de um estofo de estadista, e muito menos da condição exigida a um Presidente da República.
O discurso da sua pobreza resulta de todas essas anomalias de espírito. Ele tem sido um malefício para o País. É ressentido, rancoroso, vingativo, possidónio e brunido de mente. Mas não posso deixar de sentir, por este pobre homem, uma profunda compaixão e uma excruciante piedade.
Exmo Senhor Presidente da República
Lisboa
Vou usar um meio hoje praticamente em desuso mas que, quanto a mim, é a forma mais correcta de o questionar, porque a avaliar pelas conversas que vou ouvindo por aqui e por ali, muitos portugueses gostariam de ver esclarecidas as dúvidas que vou colocar a V/Exa e é por tal razão que uso a forma "carta aberta", carta que espero algum dos jornais a que a vou enviar com pedido de publicação dê à estampa, desejando que a resposta de V/Exa fosse também pública.
Tenho 74 nos, sou reformado, daqueles que descontou durante 41 anos, embora tenha trabalhado durante 48, para poder ter uma reforma e que, porque as pernas já me não permitem longas caminhadas e o dinheiro para os transportes e os espectáculos a que gostaria de assistir não abunda, passo uma parte do meu dia a ler, sei quantos cantos há nos Lusíadas, conheço Camilo, Eça, Ferreira de Castro, Aquilino, Florbela, Natália, Sofia e mais uns quantos de que penso V/Exa já terá ouvido falar e a "navegar na net".
São precisamente as "modernices" com que tenho bastante dificuldade em lidar que motivam esta minha tomada de posição porquanto é aí que circulam a respeito de V/Exa afirmações que desprestigiam a figura máxima do País Portugal, que, em minha opinião, não pode estar sujeita a tais insinuações que espero V/Exa desminta categoricamente.
> Passemos à frente das insinuações de que V/Exa foi 1º Ministro de Portugal durante mais de dez anos, época em que V/Exa vendeu as nossa pescas, a nossa agricultura, a nossa indústria a troco dos milhões da CEE, milhões que, ao contrário do que seria desejável, não serviram para qualquer modernização ou reforma do nosso País mas sim para encher os bolsos de alguns, curiosamente seus correligionários, senão mesmo, seus amigos. Acredito que esse tempo que vivemos sob o comando de V/Exa e que tanto mal nos fez foi apenas fruto de incompetência o que, sendo lamentável, não é crime, os crimes foram praticados por aqueles que se encheram à custa do regabofe, perdoe-me o popularismo, que se viveu nessa época e que, curiosamente, ou talvez não, continuam sem prestar contas à justiça.
Entremos então no que mais me choca, porque nesses outros comentários, a maioria dos quais anónimos mas alguns assinados, é a honestidade de V/Exa que é posta em causa e eu não quero que o Presidente da República do meu país seja o indivíduo que alguns propalam pois que entendo que o cargo só pode ser ocupado por alguém em quem os portugueses se revejam como símbolo de coerência e honestidade, é assim que penso que nesta carta presto um favor a V/Exa, pois que respondendo às questões que vou colocar, findarão de vez as maledicências que, quero acreditar, são os escritos que por aí circulam
1ª Questão:
Circula por aí um "escrito" que afirma que V/Exa, professor da Universidade Nova de Lisboa, após ser ministro das finanças, foi convidado para professor da Universidade Católica, cargo que aceitou sem se ter desvinculado da Nova o que motivou que lhe fosse movido um processo disciplinar por faltar injustificadamente às aulas da Nova, processo esse conducente ao despedimento com justa causa, que se teria perdido no gabinete do então ministro da educação, a quem competiria o despacho final, João de Deus Pinheiro, seu amigo e beneficiado depois de V/Exa ascender a 1º Ministro com o lugar de comissário europeu, lugar que desempenhou tão eficazmente que o levou a ficar conhecido como "comissário do golfe".
Pergunta directa:
> Foi ou não movido a V/Exa um processo disciplinar enquanto professor da Universidade Nova de Lisboa?
> Se a resposta for afirmativa, qual o resultado desse processo?
> Se a resposta for negativa é evidente que todas as informações que andam por aí a circular carecem de fundamento.
2ª Questão:
> Circulam por aí vários escritos sobre a regularidade da transacção de acções do BPN que V/Exa adquiriu. Sendo certo que as referidas acções não estavam cotadas em bolsa e portanto só poderiam ser transaccionadas por contactos directos, vulgo boca a boca, faço sobre a matéria várias perguntas:
> 1ª - Quem aconselhou a V/Exa tal investimento?
> 2ª- A quem adquiriu V/Exa as referidas acções?
> 3ª- Em que data, de que forma e a quem vendeu V/Exa as acções?
> 4ª- Sendo V/Exa um renomado economista, não estranhou um lucro de 140% numa aplicação de tão curto prazo?
3ª Questão
> Tendo em atenção o que por aí circula sobre a Casa da Coelha, limito-me a fazer perguntas:
> 1ª- É ou não, verdade, que o negócio entre a casa de Albufeira e a casa a Coelha foi feito como permuta de imóveis do mesmo valor para evitar pagamento de impostos?
> 2ª- Se já foi saldada ao estado a diferença de impostos com que atraso em relação à escritura se processou a referida regularização?
> 3ª- É ou não verdade que as alterações nas obras feitas na casa da Coelha, nomeadamente a alteração das áreas de construção foram feitas sem conhecimento da autarquia?
> 4ª- A ser positiva a resposta à pergunta anterior, se já foi sanado o problema resultante de obras feitas à revelia da autarquia, em que data foi feita tal regularização e se foi feita antes ou depois das obras estarem concluídas?
> 5ª- Última pergunta, esta de mera curiosidade, será que V/Exa já se lembra do cartório em que foi feita a escritura?
4ª- Questão
> Net, é uma questão que eu próprio lhe coloco:
> Ouvi V/Exa na TV dizer que tinha uma reforma de 1300 ?, que quase lhe não chegava para as despesas, passando fugazmente pela reforma do Banco de Portugal. Assim, pergunto:
> 1ª- Quantas reformas tem V/Exa?
> 2ª- De que entidades e a que anos de serviços são devidas essas reformas?
> 3ª- Em quantas não recebe 13º e 14º mês?
> 4ª- Abdicou V/Exa do ordenado de PR por iniciativa própria ou por imposição legal?
> 5ª Recebe ou não V/Exa alguns milhares de euros como "despesas de representação"?
> Fico a aguardar a resposta de V/Exa com o desejo de que a mesma seja de tal forma conclusiva e que, se V/Exa o achar conveniente, venha acompanhada de cópias de documentos, que provem a todos os portugueses que o que por aí circula na Net, não passam de calúnias e intrigas movidas contra a impoluta figura de Sua Exa o Senhor Presidente da República de Portugal.
> A terminar e depois de recordar mais uma das suas afirmações na TV, lembro uma frase do meu avô, há muito falecido, alentejano, analfabeto e vertical:
> " NÃO HÁ HOMENS MUITO, OU POUCO SÉRIOS, HÁ HOMENS SÉRIOS E OUTRAS COISAS QUE PARECEM HOMENS".
> Por mim, com a idade que tenho, já não preciso nem quero nascer outra vez, basta-me morrer como tenho vivido.
Sério.
Com os meus melhores cumprimentos.
José Nogueira Pardal
Carta aberta.
Exmo Senhor Presidente da Republica de Portugal,
Há muito, muito tempo, nos dias depois que Abril floriu, e a Europa se abriu de par em par, foi V.Exa por mandato popular (como primeiro ministro e como presidente da republica) encarregue de nos fazer fruir dessa Europa do Mercado Comum, clube dos ricos a que iludidos aderimos, pela mão do Sr.Dr. Mário Soares ,acreditando nós no dinheiro fácil do FEDER, do FEOGA,do PEDIP das ajudas de coesão (FUNDO DE COESÃO) e demais liberalidades que, pouco acostumados, aceitámos de olhar reluzente, estranhando como fácil e rápido era passar de rincão estagnado e órfão do Império para a mesa dos poderosos que, qual varinha mágica, nos multiplicariam as estradas, aumentariam os direitos, facilitariam o crédito e conduziriam ao Olimpo até aí inatingível do mundo desenvolvido.
Havia pequenos "senãos", arrancar vinhas, abater barcos, não empatar quem produzisse tomate em Itália ou conservas em Marrocos, coisa pouca e necessária por via da previdente PAC, mas, estando o cheque passado e com cobertura, de inauguração em inauguração, o país antes incrédulo, crescia, dava formação a jovens, animava a construção civil , os resorts de Punta Cana e os veículos topo de gama do momento.
Do alto do púlpito que fora do velho "Botas ou Pirata Velho", V.Exa passaria à História como o Modernizador, campeão do empreendedorismo, símbolo da devoção à causa pública, estóico servidor do povo a partir da marquise esconsa da casa da Rua do Possôlo. Era o aplicado aluno de Bruxelas, o exemplo a seguir no Mediterrâneo, o desbravador do progresso, com o mapa de estradas do ACP permanentemente desactualizado.
O tecido empresarial crescia, com pés de barro e frágeis sapatas, mas que interessava, havia pão e circo, CCB e Expo, pontes e viadutos, Fundo Social Europeu e tudo o que mais se quisesse imaginar, à sombra de bafejados oásis de leite e mel, Continentes e Amoreiras, e mais catedrais escancaradas com um simples cartão de crédito Visa, Mastercard ou American Express.
Ao fim de dez anos, um pouco mais que o Criador ao fim de sete (dias), vendo a Obra pronta, V.Exa descansou, e retirou-se. Tentou Belém, mas ingrato, o povo condenou-o a anos no deserto, enquanto aprendizes prosseguiam a sanha fontista e inebriante erguida atrás dos cantos de sereia, apelando ao esbanjamento e luxúria.
No início do novo século, preocupantes sinais do Purgatório indicaram fragilidades na Obra, mas jorrando fundos e verbas, coisa de temerários do Restelo se lhe chamou. À porta estava o novo bezerro de ouro, o euro, a moeda dos fortes, e fortes agora com ela seguiríamos, poderosos, e iguais.
Do retiro tranquilo, à sombra da modesta reforma de servidor do Estado, livros e loas emulando as virtudes do novo filão foram por V.Exa endossados , qual pitonisa dos futuros que cantam, sob o euro sem nódoa, moeda de fortes e milagreiro caminho para o glorioso domínio da Europa.
Migalha a migalha, "bitaite a bitaite", foi V.Exa pacientemente cozendo o seu novelo, até que, uma bela manhã de nevoeiro, do púlpito do CCB, filho da dilecta obra, anunciou aos atarantados povos estar de volta, pronto a servir.
Não que as gentes o merecessem, mas o país reclamava seriedade, contenção, morgados do Algarve em vez de ostras socialistas.
Seria o supremo trono agora, com os guisados da Maria e o apoio de esforçados amigos que, fruto de muito suor e trabalho, haviam vingado no exigente mundo dos negócios, em prol do progresso e do desenvolvimento do país.
Salivando o povo à passagem do Mestre, regressado dos mortos, sem escolhos o conduziram a Belém, onde petiscando umas pataniscas e bolo-rei sem fava, presidiria, qual reitor, às traquinices dos pupilos, por veladas e paternais palavras ameaçando reguadas ou castigos contra a parede.
E não contentes, o repetiram segunda vez, e V. Exa, com pungente sacrifício lá continuou aquilíneo cônsul da república, perorando homilias nos dias da pátria e avisando ameaçador contra os perigos e tormentas que os irrequietos alunos não logravam conter.
Que preciso era voltar à terra e ao arado, à faina e à vindima, vaticinou V.Exa, coveiro das hortas e traineiras; que chegava de obras faraónicas, alertou, qual faraó de Boliqueime e campeão do betão; que chegava de sacrifícios, estando uns ao leme, para logo aconselhar conformismo e paciência mal mudou o piloto.
Eremita das fragas, paroquial chefe de família, personagem de Camilo e Agustina, desprezando os políticos profissionais mas esquecendo que por junto é o profissional da política há mais anos no poder, preside hoje V.Exa ao país ingrato que, em vinte anos, qual bruxedo ou mau olhado, lhe destruiu a obra feita, como vil criatura que desperta do covil se virou contra o criador, hoje apenas pálida esfinge, arrastando-se entre a solidão de Belém e prosaicas cerimónias com bombeiros e ranchos.
Trinta anos, leva em cena a peça de V.Exa no palco da política, com grandes enchentes no início e grupos arregimentados e idosos na actualidade.
Mas, chegando ao fim o terceiro acto, longe da epopeia em que o Bem vence o Mal e todos ficam felizes para sempre, tema V.Exa pelo juízo da História, que, caridosa, talvez em duas linhas de rodapé recorde um fugaz Aníbal, amante de bolo-rei e desconhecedor dos Lusíadas, que durante uns anos pairou como Midas multiplicador e hoje mais não é que um aflito Hamlet nas muralhas de Elsinore, transformado que foi o ouro do bezerro em serradura e sobrevivendo pusilâmine como cinzento Chefe do estado a que isto chegou, não obstante a convicção, que acredito tenha, de ter feito o seu melhor.
Respeitosamente,apresento os meus cumprimentos na qualidade de Sobrevivente (ainda) do Cataclismo de 2011 e do Tsunami de 2012.
António Maria dos Santos
PS- "Os políticos e as fraldas devem ser mudados frequentemente.
E pela mesma razão."
EÇA DE QUEIROZ
Como dizia o Alberto João, "o Sr. Silva", para mim "o nosso querido líder", é o principal responsável pelo que estamos hoje a viver no nosso País.
Para os que têm memória curta!
"Em 1980 Cavaco Silva, então ministro das Finanças,
Sobe os gastos orçamentais, valoriza o escudo, aumenta as importações. O défice das transacções correntes sobe de 5% do PIB em 1980 para 11,5% em 1981 e 13,2% em 1982. A dívida externa aumenta de 467 milhões de contos em 1980 para 1199 milhões em 1982. Perante o descalabro, em 1983, o novo governo da AD vê-se obrigado a subir as taxas de juro 4 pontos, e a vender 50 toneladas de ouro para financiar as contas externas. O desnorte é total.
Desmantelamento do sector das pescas, silvicultura e da agricultura em Portugal, a troco de ajudas financeiras da UE. A maioria dos agricultores e pescadores passaram a receber para não produzirem, arrancarem árvores (vinhas, oliveiras, árvores de fruto, etc.) ou abandonarem a sua actividade piscatória, contribuindo desta forma para o aumento da dependência alimentar de Portugal de países como a Espanha e França.
Entrega de toneladas de ouro do Banco de Portugal a uma empresa norte-americana que terminou na falência, uma operação conduzida por Cavaco Silva e o ministro Tavares Moreira."
É preciso ter lata para vir agora aconselhar o aumento da produção agrícola!
Como diria o Ribeirinho – "Ou estás taralhoco ou estás a fazer poucachinho de mim!"
*Vou esforçar-me por não recorrer ao bom e duro português vernáculo.**
Este sr. Silva, bacoco, ignorante, demagogo, sempre com aquele ar de
professoral sobranceria, é dos políticos mais tristes, mais
mesquinhos, mais frustrados, mais ressabiados da História deste
Portugal dos Pequeninos.
Durante dez anos, com duas maiorias absolutas, proclamou "uma
democracia de sucesso" ao semear betão armado pelo território
nacional. E foi esbanjando os colossais fundos estruturais, da então
CEE, em obras de fachada, destruindo a agricultura, as pescas, o
ensino, a saúde, a Formação Profissional, o comércio e a indústria.
Tutelou uma corja de viveirinhos e oportunistas, vulgo Dias Loureiro,
Ferreira do Amaral, Mira do Amaral, Isaltino de Morais, Duarte Lima,
Catroga, Paulo Teixeira Pinto, os mafiosos do BPN que protagonizaram a
maior vigarice dos anais de Portugal e de que o Sr. Silva sairia
beneficiário com lucrativas acções.
Há meses, na governação de Sócrates, declarou que os portugueses
tinham chegado ao limite dos sacrifícios e de que nada adiantaria
criticar as agência de notação financeira. Agora, cínico, aprova o
roubo do 13º mês e subsídio de férias, apelando à equidade, zurze nas
agências que venerou, abençoa o colossal buraco da Madeira,
comentando, a propósito, quanto ficava deslumbrado ao ver as vacas a
sorrir mediante os prados verdejantes.
Figura sinistra, figura rafeira, esta. Sem estatura de estadista, sem
dimensão cultural, ética e moral. O sr. Silva não passa de um
contabilista especializado no alarvismo que rivaliza, em bombásticas
tiradas, com o almirante Américo Tomás. Tal anomalia do sistema
democrático poderia, ao menos, com a sua Maria Papoila, seguir os
conselhos de Passos, seu aluno aplicado, funcionário público do FMI -
emigrar.
Emigre, homem, deixe o palácio de Belém, os pastéis de nata, deixe de
provocar quem mais sofre e vá comer bolo-rei cuspindo as migalhas para
o raio que o parta.
O sr. Silva é a nulidade mais deprimente desta doentia Democracia. É o
nítido retrato desta Nação em vias de o deixar de ser. O Sr. Silva é,
de facto, um pobre. um pobre de espírito. *
Obs: Já não são só as vacas que sorriem alegremente para este Senhor,
são tambem os camelos, as bestas, os macacos e toda a restante
bicharada que passivamente vive neste ZOO*
Cavaquistão
ESTE ALGARVIO MANHOSO
É mesmo assim que está titulado este email que agora reencaminho. Um pedaço da nossa história recente. Uma estória que ainda não tem fim, mas cuja 'moral' já todos sabemos. Os ladrões viraram gente importante, e os sicários continuam prontos para prender e calar os que se recusam ao silêncio.
O BPN, dizia o governo de Sócrates, «era um risco sistémico'. Daí a intervenção. Hoje sabemos onde e a quem beneficiou esta 'nacionalização' encapotada. Porque razão o Ps a fez, e o PSD, silencioso, agradeceu. Salvaram-se os pobres amigos. O Povo, reconhecido, paga.
Mas há mais. O Isaltino continua a ter direito a suspensões de execução de sentenças, que a outros foi e é recusada. Também este é uma 'vitima' do sistema algarvio. Uma outra estória a seguir.
Para já é bom ir vendo este vídeo... antes que o façam desaparecer.
Para quem tem memória curta...!
"Em 1980 Cavaco Silva, então ministro das Finanças,
Sobe os gastos orçamentais, valoriza o escudo, aumenta as importações. O défice das transações correntes sobe de 5% do PIB em 1980 para 11,5% em 1981 e 13,2% em 1982. A dívida externa aumenta de 467 milhões de contos em 1980 para 1199 milhões em 1982. Perante o descalabro, em 1983, o novo governo da AD vê-se obrigado a subir as taxas de juro 4 pontos, e a vender 50 toneladas de ouro para financiar as contas externas. O desnorte é total.
Desmantelamento do sector das pescas, silvicultura e da agricultura em Portugal, a troco de ajudas financeiras da UE. A maioria dos agricultores e pescadores passaram a receber para não produzirem, arrancarem árvores (vinhas, oliveiras, árvores de fruto, etc.) ou abandonarem a sua actividade piscatória, contribuindo desta forma para o aumento da dependência alimentar de Portugal de países como a Espanha e França.
Entrega de toneladas de ouro do Banco de Portugal a uma empresa norte-americana que terminou na falência, uma operação conduzida por Cavaco Silva e o ministro Tavares Moreira" (com perda total do ouro,,,).
É preciso ter lata para vir agora aconselhar o aumento da produção agrícola!
Família cavaco tem uma fada madrinha…
Já "De lonje"...vem a "farinha"....
Alguns desses processos remontam a anos anteriores, mas outros são relativos a 2012. Feitas as contas, são várias centenas de milhares de euros que o genro de Cavaco tem em dívida. Apesar de os colaboradores do «Música no Coração» afirmarem que esses processos em causa são todos muito antigos e que apenas se está a tentar difamar o nome do genro de Cavaco Silva e da empresa, o certo é que a «Música no Coração» é considerada de “risco elevado e de crédito não recomendado”, segundo dados revelados por um relatório da empresa Informa D&B.
Pois é: enquanto manda os portugueses «fazer ginástica» para combater as gorduras e o stress da crise, o presidente zela pelos seus..ou alguém lá nos céus zela por eles…agora coube a sorte a Luis Montez, o genro…em 2009, foi a vez do próprio Cavaco Silva e da filha serem bafejados por uma qualquer fada madrinha quando, antes do colapso da instituição, saíram de accionistas da Sociedade Lusa de Negócios (SLN), detentora do Banco Português de Negócios (BPN). Cavaco teve então um ganho de 147,5 mil euros. A sua filha, Patrícia, também teve acções da SLN e lucrou ainda mais ao sair: 209,4 mil euros.Dados revelados pelo jornal «Expresso», em Maio de 2009,que publicou cópias das ordens de venda emitidas por Cavaco Silva e pela filha, endereçadas ao então presidente do conselho de administração da SLN, José Oliveira e Costa (que, como se sabe, encontra-se detido em casa com pulseira electrónica depois de descoberta a fraude na instituição que presidia). Cavaco detinha 105378 acções, adquiridas a um euro cada, que foram depois vendidas a 2,4 euros cada (a SLN não estava cotada na Bolsa e por isso não havia preço de referência, mas, segundo o jornal, este valor estava em linha com outras transacções de acções do grupo naquela altura). A filha era detentora de 149640 acções.Não há nada como fazer uma boa ginástica para expurgar os males vindouros…e atrair os bons espíritos…
Pois é: enquanto manda os portugueses «fazer ginástica» para combater as gorduras e o stress da crise, o presidente zela pelos seus..ou alguém lá nos céus zela por eles…agora coube a sorte a Luis Montez, o genro…em 2009, foi a vez do próprio Cavaco Silva e da filha serem bafejados por uma qualquer fada madrinha quando, antes do colapso da instituição, saíram de accionistas da Sociedade Lusa de Negócios (SLN), detentora do Banco Português de Negócios (BPN). Cavaco teve então um ganho de 147,5 mil euros. A sua filha, Patrícia, também teve acções da SLN e lucrou ainda mais ao sair: 209,4 mil euros.Dados revelados pelo jornal «Expresso», em Maio de 2009,que publicou cópias das ordens de venda emitidas por Cavaco Silva e pela filha, endereçadas ao então presidente do conselho de administração da SLN, José Oliveira e Costa (que, como se sabe, encontra-se detido em casa com pulseira electrónica depois de descoberta a fraude na instituição que presidia). Cavaco detinha 105378 acções, adquiridas a um euro cada, que foram depois vendidas a 2,4 euros cada (a SLN não estava cotada na Bolsa e por isso não havia preço de referência, mas, segundo o jornal, este valor estava em linha com outras transacções de acções do grupo naquela altura). A filha era detentora de 149640 acções.Não há nada como fazer uma boa ginástica para expurgar os males vindouros…e atrair os bons espíritos…
Dezenas de dívidas e processos judiciais tramam genro de Cavaco
Luís Montez tem, pelo menos, 13 processos de execução pendentes e a sua empresa, Música no Coração, é considerada de “risco comercial elevado” e de “crédito não recomendado”
O genro do Presidente da República, Cavaco Silva tem mais de uma dezena de processos pendentes em tribunal, por dívidas. Alguns deles remontam a anos anteriores, mas outros são relativos ao ano de 2012. Feitas as contas, são várias centenas de milhares de euros que Luís Montez tem em dívida.
Dados revelados por um relatório da empresa Informa D&B, posto a circular na internet, adensam ainda mais o problema. A Música no Coração, liderada pelo genro de Cavaco Silva, e que é responsável pela organização de eventos como o Super Bock Super Rock, ou o Festival Sudoeste TMN, é considerada de alto risco para quem lhe decidir emprestar-lhe dinheiro. “Os últimos elementos financeiros disponíveis apresentam um capital próprio negativo. Esta entidade apresenta um rácio de solvabilidade negativo”. pode ler-se no relatório.
Apesar destas dificuldades, o marido de Patrícia Cavaco Silva, Luís Montez, é candidato à compra do Pavilhão Atlântico, juntamente com a promotora Ritmos&Blues e com a AEG, empresa que gere actualmente o espaço.
A CORRUPÇÃO AO MAIS ALTO NÍVEL
“Há jogos atrás da cortina, habilidades e corrupção. Este Governo é profundamente corrupto nestas atitudes a que estamos a assistir” - Bispo Januário Torgal Ferreira, 16/07/2012.
LUIS MONTEZ, que é genro de Cavaco Silva, apresentou uma certidão passada pelo serviço de Finanças Lisboa-10, que refere que a empresa tem a sua situação tributária regularizada, mas a verdade é que na lista de processos activos consta uma dívida de 421 mil euros, a que acresce 66 mil euros de juros de mora e e mais de três mil euros de custas.
17 Maio 2006 - "Público"
Dois meses depois da nacionalização do banco, Luís Montez foi chamado ao BPN para pagar 260 mil euros de uma conta caucionada e de uma livrança, escreve a “Sábado”.
13 Janeiro 2011 - "Sábado"
Luís Montez, casado com Patrícia Cavaco Silva, prepara-se para voltar a fazer um investimento na área do imobiliário na costa alentejana. Aparentemente alheio à crise que o país atravessa, o genro do Presidente da República, está a pensar adquirir a Herdade do Sardão.
29 Novembro 2011 - "Público"
Entretanto, e apesar de ESTAR CARREGADO DE DÍVIDAS, o marido de Patrícia Cavaco Silva, Luís Montez, comprou ontem 5ª feira, o PAVILHÃO ATLÂNTICO no Parque das Nações (ex-Parque Expo em Lisboa) por 21,2 MILHÕES DE EUROS.
27 Julho 2011 - "Sábado"
CORRUPÇÃO AO MAIS ALTO NÍVEL (2)
A VENDA DO PAVILHÃO ATLÂNTICO
Sabendo-se que Luis Montez, o genro de Cavaco Silva comprou o Pavilhão Atlântico em saldo, que vai recuperar o investimento enquanto o diabo esfrega um olho e que Cavaco Silva está, tal como Vítor Gaspar, protegido da austeridade enquanto pensionista do BdP, a dúvida agora está em saber quantos salários ou impostos nos vão custar o Pavilhão Atlântico. É que se para um grupinho familiar restrito foi um negócio da China comprar uma moderníssima infra-estrutura por três vezes menos do que efectivamente vale, para muitos e muitos outros cidadãos será certamente um novo saque aos salários para compensar este belo negócio do genro do Presidente com a sua influência, indubitavelmente.
Cabendo a Cavaco Silva a promulgação dos OE e sabendo-se da tentação deste governo para medidas inconstitucionais, os portugueses estariam mais tranquilos se o governo não tivesse vendido um pavilhão (que ninguém o obrigou a vender) a um familiar de quem muitas vezes tem a faca e o queijo na mão.
Neste país onde uns sofrem com austeridade e outros enriquecem mais facilmente do que nunca, e cabendo ao governo e ao Presidente da República decidir quem vai passar fome e quem vai poder comprar um BMW novo, seria mais saudável para a democracia que este tipo de negócios não se realizassem ou, caso fosse mesmo necessário, que os preços fossem outros e não este.
Assim sendo, ficamos com a sensação de que alguém foi autorizado a cortar os subsídios e a desculpa de Cavaco para não mandar o OE para o Tribunal Constitucional foi mesmo muito esfarrapada. Até nos podem dizer que o genro do Cavaco Silva é um comerciante como qualquer outro. Pois é, mas o facto é que Portugal já teve outros três presidentes eleitos, todos eles com família e não há memória nem de negócios com acções da SLN / BPN nem de vendas de património público a preço de saldo aos seus familiares. Da mulher de César não se espera apenas que seja honesta, exige-se que pareça.
Este país está mesmo a bater no fundo, e começa a ser difícil encontrar alguém de confiança aqui e ali, sobretudo de Belém a São Bento.
Como é possível que um indivíduo carregado de dívidas e sobre quem se aconselha seriamente a não se emprestar dinheiro, pode comprar por 21,2 Milhões de euros esta sofisticada infra-estrutura altamente equipada e que custou 3 vezes mais há 14 anos? Só - obviamente - por ter havido corrupção.
http://jet7.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=1218%3Adezenas-de-dividas-e-processos-judiciais-tramam-genro-de-cavaco&catid=57%3Adestaques
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