sexta-feira, 5 de agosto de 2022

“O último Tasmaniano de sangue puro

 


No século XIX os ingleses invadiram o continente atualmente conhecido por Oceania e realizaram um dos mais violentos genocídios da história mundial, destruindo civilizações milenares em um projecto de apropriação territorial, expropriação de riquezas, e extermínio dos habitantes. Um projecto devastador do colonizador inglês. Uma das regiões mais afectadas foi a Tasmânia, situado a 240 km da costa sudeste da Austrália. A população da Tasmânia provavelmente ultrapassasse 5.000 pessoas com uma história de mais de 10.000 anos e que foi maldosamente destruída por uma nação racista e ávida de riquezas. Os habitantes da Tasmânia não tiveram oportunidades de sobrevivências e foram exterminados. A invasão do Império Britânico resultou no genocídio de milhares de “aborígenes” que resistiram bravamente à invasão colonial, tendo como resultado a deportação à Ilha Flinders, onde a vida dura escravizada e doenças levaram a extinção do valoroso povo da Tasmânia que não se deixou abater. A guerra realmente começou quando os ingleses desembarcaram em 1803 na Tasmânia com o projecto de extermínio do povo local. No 1º de Dezembro de 1826, o Tasmanian Colonial Times, jornal de circulação da época, declarou: “Não fazemos exibição enfática de Filantropia. Dizemos isto sem ressalvas, à autodefesa é a primeira lei da natureza. O Governo deverá retirar os nativos - Se não, eles serão caçados como animais selvagens e destruídos!” . O Governo devidamente declarou lei marcial em Novembro de 1828 e "Brancos foram autorizados a matar negros à vista" (que foi por isso que nenhum colono branco nunca foi condenado pela morte de um aborígene). A recompensa foi fixada em 5 Libras por adultos, 2 Libras por criança. Prémios foram dados a captura dos nativos e além da guerra muitos morreram ao contraírem a gripe dos invasores. Uma das práticas dos britânicos foi o rapto das mulheres para serem usadas sexualmente e as crianças escravizadas. Caçaram o povo preto por diversão, raptaram, violaram as mulheres criando haréns, desenvolveram o instinto de perversidade com uma disciplina da escravatura – com castigos e flagelos:mulheres e crianças arrastadas nas fendas das rochas até terem os seus miolos expostos. Em 1859 os números eram estimados em cerca de uma dúzia, o último sobrevivente morreu em 1876. Os remanescentes foram sequestrados e levados para a Ilha Kangaroo, na região sul da Austrália e vendidos como escravos.

Via Waldir Filho

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