terça-feira, 24 de junho de 2014

Limpinho, limpinho!


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05 Maio 2014, 20:39
por Carlos Albuquerque

Limpinho, limpinho (sem ironia) seria um compromisso de responsabilidade dos maiores partidos sobre duas variáveis fundamentais. Sobre as contas públicas. Sobre as exportações.

A FRASE...

"Passos anuncia saída limpa … mas tem cautelar de reserva."

Primeira Página do Expresso, 3 de maio de 2014.

A ANÁLISE...

Limpinho, limpinho (sem ironia) seria anular definitivamente a irresponsabilidade na gestão do Estado. Obrigando ao rigor do equilíbrio. E o limite do endividamento. E a abrangência total do universo público. E a transparência dos compromissos futuros. Com a reforma do estado. Com a redução efetiva dos gastos e dos impostos. Com a responsabilidade inscrita na Constituição. E o Tribunal Constitucional como guardião do futuro. E a independência como elemento de orgulho nacional. Seria limpinho. Se os principais partidos assumissem este compromisso.

Limpinho, limpinho (sem ironia), seria criar condições para o crescimento das exportações. E o desenvolvimento dos investimentos. Com liberdade de ação das empresas. Com liberdade de negociação dos fatores. Com disponibilidade de financiamento. Com anulação de entraves burocráticos. Sem favorecimentos. Simplificando os processos. Reduzindo a intervenção do estado. Seria limpinho. Se os principais partidos assumissem este compromisso.

Assim fica limpinho, limpinho, com ironia. E dificilmente se evitarão novas crises a prazo. A saída é limpa. Mas na limpeza de uma não saída. Resta-nos o Benfica campeão. E mais uma final europeia. Isto sim. É limpinho, limpinho (sem qualquer ironia).

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