terça-feira, 24 de junho de 2014

A memória do futuro



12 Maio 2014, 20:22
por Carlos Albuquerque

As políticas de crescimento são um desperdício de dinheiros. Sem resultados palpáveis. Quase sempre ganham alguns. Sempre perdem todos.

A FRASE...

"Infere-se da sua pergunta como é que eu equilibro as contas públicas? Pondo o país a crescer mais do que dizem as previsões."

António José Seguro, entrevista ao Expresso, 10 de maio de 2014.

A ANÁLISE...

Por mediação dos governos. Presume-se a seriedade na ação. A honestidade nos atos. Mas não se aceita o erro de método. O lapso científico. A crença irreal na informação detida. É a falta de memória.

A primeira década (2001 a 2010) foi desastrosa para o país. O PIB real cresceu 5% em 10 anos (média de 0,49% ao ano). O PIB per capita aumentou 3% em 10 anos (média de 0,29% ao ano). O número de empregos desceu de 5,111 milhões (em 2001) para 4,978 milhões (em 2010). Quase 30% dos investimentos resultou de construção e imobiliário. Números avassaladoramente negativos. E resultado de políticas orçamentais expansionistas. Que geraram mais de 86 mil milhões euros de défice das contas públicas. Que levaram a dívida pública de 68,7 mil milhões de euros (2001) para 162,5 mil milhões de euros (2010). Em nome das políticas ativas de emprego. E da dinamização da economia. Com programas para todas as vogais. PROAP, PROEP, PROIP, PROOP, PROUP. Desperdício do dinheiro que havia e do que não havia. Impostos e dívida sempre a somar.

Resolva-se. Mas dinamizando os mercados. Fomentando a poupança. Porque as economias desenvolvem-se com investimento. E inovação. E empreendedores e trabalhadores. Não se volte a errar. Tem de haver memória de amanhã. Porque depois das 5 vogais volta-se à primeira. E o novo programa chamar-se-á outra vez de Assistência.

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