quinta-feira, 17 de novembro de 2022

Com 11 anos, Licypriya Kangujam confronta ministro britânico: quando liberta activistas climáticos?

  Licypriya Kangujam, 11 anos, encontrou o ministro da Energia britânico na COP27 e perguntou-lhe quando seriam libertados os activistas climáticos detidos em Londres. Não teve resposta.

P3 e Reuters 16 de Novembro de 2022

Licypriya Kangujam na Semana do Clima da Ásia-Pacífico das Nações Unidas 2019 em Bangkok, Tailândia, em 5 de setembro de 2019.

Licypriya Kangujam, activista indiana de 11 anos, confrontou o ministro da Energia britânico Zac Goldsmith acerca dos activistas climáticos detidos no Reino Unido.

A activista encontrou o político nos corredores da COP27 e perguntou-lhe quando iriam ser libertados os activistas do Just Stop Oil e Extinction Rebellion que, durante as últimas semanas, protagonizaram protestos de desobediência civil em Londres — como o da sopa de tomate atirada a um quadro de Van Gogh. Os protestos contra os combustíveis fósseis continuam a decorrer no Reino Unido: na semana passada, segundo a BBC, 35 pessoas foram detidas depois de terem bloqueado uma das principais estradas de Londres.

O ministro respondeu, segundo a activista escreveu no Twitter, “não faço ideia” — e afastou-se. Um vídeo mostra a interacção entre ambos, mas o diálogo não é audível na íntegra. Percebe-se que Licypriya acompanha Goldsmith, enquanto continua a questioná-lo. O ministro, por sua vez, limita-se a seguir caminho.
 
 

 
“Perguntei-lhe repetidamente quando os iria libertar. Em que dia? A que horas? A sua secretária empurrou-me duas vezes. Ele disse-me ainda ‘não posso fazer nada’”, escreveu a activista no Twitter. “Se ele não pode fazer nada porque é, então, ministro? Porque vem à COP27? Isto é inaceitável. Não é justo”, continuou.

O Extinction Rebellion do Reino Unido partilhou um tweet sobre o sucedido, onde agradeceu à activista e defendeu que a “trabalhadora do Governo que empurrou” Licypriya lhe “deve um pedido de desculpas”.

Goldsmith respondeu, chamando os activistas “bullies”: “Ela não fez nada disso, como o vídeo mostra. Não podia ter sido mais gentil. Mas digo-vos o que ela faz: trabalha incansavelmente a ganhar menos do que poderia se trabalhasse noutro sítio para proteger a natureza. E é bem-sucedida. Vocês deviam agradecer-lhe e depois pedir desculpa”, escreveu.



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