quinta-feira, 29 de maio de 2014

Jardim Gonçalves: "Rezo por quem me fez mal. Por Berardo também"



Na sua biografia, que vai para as bancas segunda-feira, Jardim Gonçalves revela que reza todos os dias e inclui nas suas preces Joe Berardo. Leia aqui alguns dos excertos publicados esta quinta-feira pela Sábado e o Expresso.

A biografia de Jardim Gonçalves é publicada segunda-feira, 2 de Junho, pela editora D.Quixote. A Sábado e o Expresso publicaram hoje, 29 de Maio, excertos do livro escrito por Luís Osório. Neles, o ex-banqueiro revela que reza todos os dias e inclui nas suas preces inimigos, como Joe Berardo.

"Rezo por quem me fez mal, é básico", sublinha. Por Berardo também. Se tivesse problemas com isso seria um "contra-senso", lê-se em "Jardim Gonçalves: o poder do silêncio". Joe Berardo foi um dos principais envolvidos no afastamento de Jardim Gonçalves do BCP em 2007.

Jardim acusa José Sócrates e António Mexia (presidente da EDP) de terem tido um papel activo no "assalto" sobre o BCP, que provocou uma revolução na estrutura accionista. "Enquanto as primeiras páginas se enchiam de mentiras a meu respeito, o BCP mudava de mãos. Tudo patrocinado por altas figuras do Estado e pelos bancos concorrentes que emprestaram dinheiro com o objectivo de alterar a estrutura accionista e permitir a mudança do poder. A opinião pública estava demasiado ocupada a falar de mim para perceber que, à frente do seu nariz, algo de mais importante acontecia", conta na biografia, segundo um excerto publicado pelo Expresso.

Diz que os novos accionistas do banco entraram para "dividir e destruir" a instituição e que o fizeram "com dinheiro emprestado por outros bancos". "Não tenhamos ilusões: as coisas só podiam acabar muito mal", sublinha. Sobre Paulo Teixeira Pinto, seu sucessor na liderança do banco, Jardim Gonçalves diz ter pensado que "[ele] tivesse menos defeitos". "[Ele] desejava mais, desejava tudo", acrescenta.

O envolvimento com a Opus Dei também é descrito na biografia. Nega que seja um lugar de troca de influências ou uma estrutura elitista. "Se alguém for a um retiro da Obra encontrará taxistas, enfermeiros, juízes, estudantes, professores, empresários agrícolas e toda a espécie de carreiras e pessoas." Diz ainda que a penitência não é um problema, mas que não usa cilício.

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