terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Miró e Cavaco

ANÍBAL PILATOS E OS MIRÓ

A propósito da polémica sobre os quadros Miró, Cavaco Pilatos Silva, depois de ir à Wikipédia, e pedir ajuda aos Conselheiros de estado, desvendou-nos que, Miró, "era um pintor"; e que, admirava o Miró, "como pintor". Sobre a carnavalesca venda dos Mirós, o Presidente da República, teve a tirada habitual: "não comento".

Relativamente à primeira declaração, estou atónito, pois tinha em ideia que o Miró, seria comercial de bilhas de gás de tamanho pequeno. Lembro-me perfeitamente da minha avó dizer, "vou à do Miro trocar a bilha". Tinha daqueles carrinhos com rodinhas e tudo. O Miro era boa pessoa, pois quando ia eu, trazia fiado. Ainda acreditei que o Miro do gás fosse este Miró, porque além de comercializar bilhas, também fazia bicos como pintor de casas. E o resultado final, dessas suas pinturas, aproximavam-se do estilo do Miró, ou seja, as casas ficavam surrealistas. Assim, agradeço ao Presidente ter-me tirado desta angústia, e explicado perentoriamente que o senhor Miró era pintor, e não o Miro do gás. Tal como eu, sei que muitos de vós estavam na ignorância. Se bem que, ao ver os quadros, passou-me ao de leve, que o tal Miró poderia ser pintor. Ou isso, ou faria molduras. 

Quanto à segunda declaração, que apreciava Miró como pintor, uma pessoa pergunta: então deveria ser porquê? Naaaaaaaaaa, "como pintor"?!?!?!? Se calhar Miró era amigo de casa, fazia presépios com a Maria e não sabemos. No entanto, não acredito nesta proximidade: se fosse verdade, Miró, não teria sido pintor, mas sim, um "quadro" do BPN, como a maioria dos amigos do Presidente. Há fotografias, não é invenção. 

Depois de Aníbal Pilatos nos ter dado estas informações bombásticas referentes ao Miró, sobre o assunto de menor importância, como a rocambolesca (não) venda e devolução dos Mirós, pela melhor leiloeira do mundo, que nos chamou "surrealistas"... não fez qualquer comentário. De certa forma concordo, que o presidente só deva tratar de assuntos sérios e, curiosamente, desde que se encontra no cargo, ainda não teve de se confrontar com nenhum. Se por absurdo aparecesse uma crisezessita, aí sim, teria de se pronunciar. 

Temos uma presidência que funciona em duas velocidades: i) Não comenta; deixa as instituições funcionarem democraticamente. ii) Não comenta; manda para o Tribunal Constitucional. Basicamente está sempre safo. Chamem-lhe parvo.

"Lavar as mãos como Pilatos". Tenho para mim que Aníbal Pilatos, de manhã, não lava as mãos como Pilatos, mas sim, o corpo todo...

PS - Pela foto, para quem diz que aprecia Miró como pintor, parece que está a olhar para o recibo da reforma; aquele que não dá para as despesas. Há um ditado giro que mete um "palácio" e coise e tal...
PS - Pela foto, para quem diz que aprecia Miró como pintor, parece que está a olhar para o recibo da reforma; aquele que não dá para as despesas. Há um ditado giro que mete um "palácio" e coise e tal...
ANÍBAL PILATOS E OS MIRÓ

A propósito da polémica sobre os quadros Miró, Cavaco Pilatos Silva, depois de ir à Wikipédia, e pedir ajuda aos Conselheiros de estado, desvendou-nos que, Miró, "era um pintor"; e que, admirava o Miró, "como pintor". Sobre a carnavalesca venda dos Mirós, o Presidente da República, teve a tirada habitual: "não comento".

Relativamente à primeira declaração, estou atónito, pois tinha em ideia que o Miró, seria comercial de bilhas de gás de tamanho pequeno. Lembro-me perfeitamente da minha avó dizer, "vou à do Miro trocar a bilha". Tinha daqueles carrinhos com rodinhas e tudo. O Miro era boa pessoa, pois quando ia eu, trazia fiado. Ainda acreditei que o Miro do gás fosse este Miró, porque além de comercializar bilhas, também fazia bicos como pintor de casas. E o resultado final, dessas suas pinturas, aproximavam-se do estilo do Miró, ou seja, as casas ficavam surrealistas. Assim, agradeço ao Presidente ter-me tirado desta angústia, e explicado perentoriamente que o senhor Miró era pintor, e não o Miro do gás. Tal como eu, sei que muitos de vós estavam na ignorância. Se bem que, ao ver os quadros, passou-me ao de leve, que o tal Miró poderia ser pintor. Ou isso, ou faria molduras.

Quanto à segunda declaração, que apreciava Miró como pintor, uma pessoa pergunta: então deveria ser porquê? Naaaaaaaaaa, "como pintor"?!?!?!? Se calhar Miró era amigo de casa, fazia presépios com a Maria e não sabemos. No entanto, não acredito nesta proximidade: se fosse verdade, Miró, não teria sido pintor, mas sim, um "quadro" do BPN, como a maioria dos amigos do Presidente. Há fotografias, não é invenção.

Depois de Aníbal Pilatos nos ter dado estas informações bombásticas referentes ao Miró, sobre o assunto de menor importância, como a rocambolesca (não) venda e devolução dos Mirós, pela melhor leiloeira do mundo, que nos chamou "surrealistas"... não fez qualquer comentário. De certa forma concordo, que o presidente só deva tratar de assuntos sérios e, curiosamente, desde que se encontra no cargo, ainda não teve de se confrontar com nenhum. Se por absurdo aparecesse uma crisezessita, aí sim, teria de se pronunciar.

Temos uma presidência que funciona em duas velocidades: i) Não comenta; deixa as instituições funcionarem democraticamente. ii) Não comenta; manda para o Tribunal Constitucional. Basicamente está sempre safo. Chamem-lhe parvo.

"Lavar as mãos como Pilatos". Tenho para mim que Aníbal Pilatos, de manhã, não lava as mãos como Pilatos, mas sim, o corpo todo...

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