por Luís Menezes Leitão
Eu até acho que o Jornal de Angola dá uma lição aos portugueses, demonstrando quão apreciado foi o servilismo do Ministro Machete por aquelas bandas.
E acrescenta mais:
"Portugal está no centro de uma grave crise social e económica sem fim à vista.
O Estado Social que nasceu com a Revolução de Abril tem sido friamente destruído pelas elites reinantes.
Os fundos de coesão da CEE foram desbaratados por cleptocratas insaciáveis que à sombra de partidos democráticos se comportaram como vulgares ladrões sem sequer se disfarçarem com colarinhos brancos. (…)
Face ao esvaziamento dos cofres públicos, até as pensões e reformas dos idosos são confiscadas.
Milhares de jovens quadros são obrigados a procurar em países estrangeiros o pão nosso de cada dia (…).
As elites portuguesas famintas de dinheiro entraram em desvario.
À medida que a crise aperta, eles disparam em todas as direcções, atingindo por vezes membros do bando.
À medida que a “troika” drena milhares de milhões de euros para os bolsos dos credores, as elites reinantes ficam sem cheta e tornam-se mais agressivas".
Para mal dos nossos pecados, esta é presentemente a imagem de Portugal no mundo: um país onde até os dias marcantes da sua história deixaram de ser comemorados, já que o único objectivo nacional é deixar contentes os nossos credo
Depois de o Ministro dos Negócios Estrangeiros ter "pedido diplomaticamente desculpa" a um Estado estrangeiro pela actuação do Ministério Público português, num país em que a separação de poderes é princípio constitucional, o Governo bem podia fechar para obras. Ponham cá uma comissão liquidatária da troika que faz perfeitamente o trabalho de destruir o nosso Estado. E pelo menos poupava-nos a vergonha.
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