Realmente 3 peças, 3 cartilhas, na boa arte de roubar...
Ricardo Salgado citou três livros na Comissão Parlamentar de Inquérito sobre a crise financeira de 2008 nos Estados Unidos para argumentar porque o Governo deveria ter apoiado o GES para evitar o colapso do BES. Conheça-os.
O antigo presidente do BES defendeu que o governo e o Banco de Portugal podiam ter ajudado a evitar o colapso do banco. Em vez disso, "o BES foi forçado a desaparecer". Para ilustrar os seus argumentos referiu três livros que leu recentemente.
Tim Geithner foi secretário de Estado do Tesouro americano no governo de Barack Obama entre 2009 e 2013. Era antes presidente da Reserva Federal de Nova Iorque, onde participou nos processos de resgate do Bear Sterns e da AIG. E também na decisão de não socorrer o Lehman Brothers. No livro "Stress Test: Reflections on Financial Crises", publicado em Maio deste ano, Tim Geithner faz uma reflexão sobre os acontecimentos que mergulharam os EUA na maior crise económica desde a Grande Depressão e as medidas tomadas para recuperar o país, defendendo as opções tomadas então pelo governo. Ricardo Salgado lembrou que Tim Geithner deu a mão ao Bank of America, ao Citi, à Fannie Mae, à Freddy Mac e à AIG. E que o governo americano ajudou ainda a GM e a Chrysler."On the Brink", de Henry Paulson
Henry Paulson foi secretário de Estado do Tesouro americano entre 2006 e 2009. O seu primeiro livro, "On the Brink", oferece também uma reflexão sobre os principais acontecimentos da crise financeira e a intervenção do governo no resgate a várias instituições financeiras. "O Tim [Geithner, então presidente da Reserva Federal de Nova Iorque] e eu sabíamos que a falência da AIG teria um efeito devastador, levando a que muitas outras instituições falhassem", relata o antigo CEO da Goldman Sachs.
O livro do jornalista britânico e principal comentador de assuntos económicos do Financial Times analisa as causas da crise financeira e as razões porque as principais economias têm sido incapazes de por em marcha uma recuperação robusta. A elevada taxa de desemprego em alguns países europeus é uma das evidências citadas. "Esta análise perspicaz da crise financeira levanta a questão de como se pode mudar um sistema político corrompido", escreveu o The Guardian sobre o livro.
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