A 11 de Abril de 1974, Marcel Niedergang, enviado especial do Le Monde a Lisboa, descrevia um certo "Avril au Portugal", que não tinha ainda o sentido que os cantores Georges Moustaki ou Chico Buarque dariam depois à expressão, já inspirados na revolução que eclodiu duas semanas após a publicação deste texto pelo diário francês. Mas este artigo de análise já dava um retrato muito completo do que se passava por esses dias em Portugal. Já falava das divisões nas forças armadas, do golpe das Caldas, do movimento dos capitães, da manifestação de apoio ao regime de generais e outras altas patentes que ficaram conhecidas por "brigada do reumático", da luta entre os "pró-cônsules" da Guiné e Moçambique - Spínola e Kaúlza - e dos "centuriões" que combatiam em África atentos ao que se passava na metrópole. E concluia que os "ultras", de direita, pareciam estar por cima. A cópia deste artigo foi cedida pelo Centro de Documentação 25 de Abril da Universidade de Coimbra.
"O mundo da realidade tem os seus limites. O mundo da imaginação não tem fronteiras." J.J. Rousseau ||| Faz mais ruído uma árvore que cai do que uma floresta a crescer.
sexta-feira, 25 de abril de 2014
Le Monde alertava para a instabilidade em Portugal a 11 de Abril de 1974
A 11 de Abril de 1974, Marcel Niedergang, enviado especial do Le Monde a Lisboa, descrevia um certo "Avril au Portugal", que não tinha ainda o sentido que os cantores Georges Moustaki ou Chico Buarque dariam depois à expressão, já inspirados na revolução que eclodiu duas semanas após a publicação deste texto pelo diário francês. Mas este artigo de análise já dava um retrato muito completo do que se passava por esses dias em Portugal. Já falava das divisões nas forças armadas, do golpe das Caldas, do movimento dos capitães, da manifestação de apoio ao regime de generais e outras altas patentes que ficaram conhecidas por "brigada do reumático", da luta entre os "pró-cônsules" da Guiné e Moçambique - Spínola e Kaúlza - e dos "centuriões" que combatiam em África atentos ao que se passava na metrópole. E concluia que os "ultras", de direita, pareciam estar por cima. A cópia deste artigo foi cedida pelo Centro de Documentação 25 de Abril da Universidade de Coimbra.
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