Aos poucos, a ficção-científica parece ser cada vez mais simples ciência. A missão Rosetta, da Agência Espacial Europeia, chegou finalmente ao seu destino para fazer o que ainda não havia sido feito: ‘estacionar’ num cometa. E até há um português envolvido na história, conta a revista Visão.
Reuters
12:30 - 13 de Novembro de 2014 | Por Notícias Ao Minuto
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"Se conseguirmos fazer isto, vai ser 'bué fixe'. Será único e eu faço parte”. A descrição é de Tiago Francisco, engenheiro informático de 31 anos que se licenciou no Politécnico de Leiria e que está desde 2009 na Agência Espacial Europeia (ESA, no inglês). É ele o único português envolvido na missão Rosetta.
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Tudo começou com um estágio mas a sua capacidade permitiu-lhe já tomar parte na Venus Express e agora, na missão Rosetta, aquela que é provavelmente a mais ambiciosa empresa levada a cabo pela ESA.
Tiago faz parte da equipa de controlo de voo responsável que dá apoio à missão e é responsável pelo satélite 24 horas por dia. Na ESA tem desenvolvido novas tecnologias, uma deles prestes a ser patenteada pela agência espacial. Trata-se de um método de compactação e seleção de dados mais eficaz do que os antecessores, que reduz o período de recolha de dados.
Ontem, dia 12, o módulo Philae aterrou em pleno cometa, o 67P/Churyumov-Gerasimenko. Mais uma estreia entre as muitas feitas nesta missão, que já passou pela órbita da Terra e de Marte, além de ter ‘hibernado’ para poupar nos recursos.
"Vai ficar na História”, diz o português à revista Visão sobre a missão que já tem 10 anos. Aos 31 anos, Tiago Francisco trabalha perto dos horizontes espaciais que o fascinavam em ‘miúdo’. E ele até conhece o sentimento: “é um acontecimento que pode vir a inspirar os jovens a continuar a viagem da Humanidade pelas estrelas”, diz, recordando Carl Sagan, o astrofísico e narrador da famosa série documental ‘Cosmos’, que é também o homem que o inspirou.
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