sábado, 17 de agosto de 2013

Passos Coelho




Passos Coelho reflecte a insistência numa nova era da democracia portuguesa, do tempo dos demagogos chegamos ao tempo dos mediagogos, aquele grupo de indivíduos que valem sobretudo pela sua imagem mediática, pela sua empatia com as câmaras de televisão, vazios de ideias, ao sabor das vagas que permitem chegar ao poder, dizem o que for preciso e politicamente vantajoso. É o triunfo das aparências sobre as essências. Numa era em que a política é feita de futilidades, slogans publicitários e assessores de imagem, valem mais os sorrisos cinematográficos, o à vontade perante as câmaras e os bons fatos e gravatas do que as convicções inabaláveis e os méritos profissionais extra-políticos.

Passos Coelho é a mesma coisa que José Sócrates, um e outro nunca provaram nada na vida, fora do colo do respectivo partido, mas parece que tanto o primeiro como o segundo se dão bem com as câmaras… só muda a sigla da bandeira, mas como, por detrás das cores de PS e PSD, se escondem, na verdade, os mesmos interesses, restam as ilusões para quem as não conseguir desmontar.

A verdadeira profissão de Passos Coelho é o “jotismo”. O “jotismo” é uma actividade que a democracia foi disseminando crescentemente ao longo dos anos. O “jota” é geralmente aquele indivíduo que passa toda a sua juventude (juventude que, no caso destes especímenes se costuma prolongar até aos trintas e muitos, altura em que os outros já são homens) num partido, ao seu serviço e a servir-se dele: trabalha para o partido e beneficia pessoal e profissionalmente do partido mais do que dos seus méritos. Passos Coelho acabou um curso de economia às três pancadas numa faculdade privada quando tinha 36 anos (faz sentido, para o jota, ao contrário do homem comum, os 36 anos devem marcar o fim da juventude…) e mesmo assim, sem qualquer curriculum que o justificasse, conseguiu em “meia-dúzia” de anos ser colocado pelos amigos do partido a dar aulas numa outra instituição privada e nos mais altos cargos das empresas de um grupo (Fomentinvest) dominado pelos seus confrades social-democratas. Ninguém com o curriculum deste Passos Coelho teria uma trajectória profissional destas se não tivesse sido um importante “jota”.

Estes indivíduos que fazem carreira nos partidos são parasitas sociais que não criam qualquer mais-valia para o país mas que lhe sugam recursos, tachistas hiper-remunerados que minam as organizações para as quais entram, geralmente para cargos de chefia, passando por cima (e para cima) daqueles cujo mérito não é um cartão de filiação política mas o seu esforço e capacidade.

A verdade é que a degradação do nível intelectual, e dos méritos profissionais e virtudes éticas, dos dirigentes políticos democráticos tem vindo a acentuar-se notoriamente. Hoje, olhando para os principais partidos, não encontramos os melhores da nação, mas os mais oportunistas da nação, o pior que ela cria.

A degradação societária está também relacionada com o aumento dos profissionais de partido, gente que nunca fez nada de relevante na vida para além de estar inscrita e pagar quotas para a agência de emprego partidária: empestam as câmaras municipais, enchem e rebaixam o parlamento, corrompem as empresas onde são metidos pelos seus correligionários, etc.

O problema da nossa democracia não é o partido X ou o partido Y, é a própria existência dos partidos nos moldes actuais e o seu poder económico-social. É, pois, um problema de funcionamento do regime que não pode ser resolvido sem se acabar com o peso dos partidos na vida social e empresarial da nação, sem se combater os “profissionais de partido”, sem alterações às regras da própria democracia, porque lamentavelmente para todos que acreditam na “democracia representativa”, como hoje existe, é um grande factor de corrupção intelectual económica e social.


CARTA ABERTA

Ao cidadão Pedro Passos Coelho. ( Por desgraça PM de Portugal )

Antes de mais quero esclarecer o Senhor porque não o trato por V. Exa. ou qualquer outra deferência mais “cerimoniosa”.

A razão é simples. Não é por falta de educação. Graças a Deus e aos meus pais que me souberam educar. Nem tão pouco interessa aqui referir qual o meu grau académico, porque não nasci “Doutor” nem “Engenheiro”. Baptizaram-me com nome próprio e é esse que uso e pelo qual sou conhecido. Todavia, tal facto também se deve ao desrespeito que o Senhor e quejandos, têm demonstrado pelo povo português e a própria Nação, em todas as atitudes, quiçá, oportunistas, excessivamente demagógicas, prepotentes, e o que é mais grave, cheias de inverdades, e mentiras. Isto apenas para referir alguns adjectivos que podem classificar a atitude dos novos políticos que assaltaram o poder. Assim, pago na mesma moeda. Isto de dar a outra face…não é para mim!

Como sabe, ou devia saber, a mentira tem a perna curta. E mais depressa do que julga, as suas promessas e certezas quando preparou o assalto ao poder, ruíram pela base, pelas atitudes que tem vindo a tomar. Ou seja o Senhor MENTIU aos portugueses, descaradamente, intencionalmente. O que estava em causa era agarrar o poder. Nada mais. Não venha contar-nos histórias da carochinha nem dançar o bailinho da Madeira, ou a da mula da cooperativa, porque isso já não pega. Os portugueses não são parvos. E eu NÃO SOU!

Se a “TROIKA” indicou um plano “X” e o senhor querendo ser mais papista que o Papa, acrescentou mais “Y” então, vai ter que sofrer na pele o seu erro. Basta de conversa da treta.

A discriminação, dos sacrifícios que o Senhor tão airosamente e cheio de peneiras de esperteza saloia vem anunciar aos portugueses, para juntos vencermos a crise, a tal que SÓ OS POLITICOS A CONSUMARAM, e dela tiraram seus lucros, sugando tudo quanto possam a quem trabalha, e aos ricos e bancos, baixam as calças, tenha paciência Senhor Pedro, está a ir longe demais.

O Senhor, e os seus apaniguados, estão brincando com o fogo. Já o rastilho está queimando. Até o Senhor vem com ameaças que o povo não deve confundir o direito a greves ou manifestações, pois fazem parte dum regime democrático, mas já vem á pressa AMEAÇAR que estará atento a TUMULTOS. Está com medo de perder o tacho? É bom que se vá preparando para essa contestação, que não é tão virtual quanto julga.

Já o seu “Patrão” de Belém o avisou, mas parece que o seu “mentor” Ângelo Correia” não lhe soube “fazer um desenho” correcto dos perigos que podem daí advir.

Não estranho, apesar de tudo, pois a sua imaturidade politica e ambição desmedida não o deixam ver com clareza mais do que se passa para além da linha do horizonte.

O seu “patrão” bem dizia que, e cito…”têm que nascer duas vezes para serem tão honestos como eu (ele)”. Pois é Senhor Pedro, só que a honestidade prova-se pelos actos, e não pelas palavras, e pelo que se tem visto…”bem prega frei Tomás….”não é?

Vem toda esta prosa, a propósito do recente escândalo (mais um) da Madeira. E tanto quanto já se sabe, nem o senhor, nem ninguém do seu querido grupito têm-nos no sítio para imporem-se e arredar definitivamente esse funcionário publico do pedestal. Claro que a Nação inteira compreende a vossa INCOMPETÊNCIA e SOLIDARIEDADE com a CORRUPÇÃO e CHANTAGEM madeirense protagonizada pelo Régulo ALBERTO JOÃO JARDIM. Dir-se-ia que no seu Partido foram todos/as esterilizados/as, e que necessitam urgentemente de eliminar uns quantos parasitas ,e aquele que prima em todos os discursos, em insultar os cidadãos honestos que vivem e trabalham no continente, e que pagam as suas vigarices (dele).

Como já referi, o Senhor Pedro mentiu na sua campanha. Nada de novo. Todos os políticos portugueses mentem. Por isso e pela falta de seriedade dessa classe, já ninguém vos leva a sério. Até que alguém vos OBRIGUE (de G-3 na mão se for preciso…) a mexer na Constituição, e altere a lei eleitoral para voto obrigatório e em listas uninominais, e acabar com a “mama” dos partidos viverem á custa do Estado. Só a talhe de foice, os antros dessa gente deverá ser custeado pela cotização dos seus queridos e devotos militantes, etc..etc… Mas compreende-se que isto não vos interesse. Pode ser que algum dia o tiro saia pela culatra. Cá estaremos para celebrar com champagne ou carrascão do Cartaxo…

Como parece que o Senhor Pedro, e os que o rodeiam se encolhem, ( a palavra certa seria ACOBARDAM-SE) e temem enfrentar o Régulo Madeirense, eu venho muito humildemente citar o seguinte para que o Senhor leia com os seus olhos e se informe junto do seu patrão e do seu mentor o seguinte:

« Lei nº 34/1987 de 16 de Julho. CRIMES DE RESPONSABILIDADE DE TITULARES DE CARGOS POLITICOS.

Artigo 14º Violação de normas de execução orçamental, o titular de cargo politico a quem por dever do seu cargo, incumba dar cumprimento a normas de execução orçamental e conscientemente as

Viole.

a )- Contraindo encargos não permitidos por lei

b )- Autorizando pagamentos sem o visto do Tribunal de Contas legalmente exigido

c )- Autorizando ou promovendo operações de tesouraria ou alterações orçamentais proibidas por lei

d )- Utilizando dotações ou fundos secretos com violação das regras da universalidade e especificação legalmente previstos, será PUNIDO COM PRISÃO ATÉ UMA ANO!!!!.......»

Para bom entendedor meia palavra basta. Se o Senhor Pedro, mormente o Governo e a Justiça Portuguesa não julgar e punir exemplarmente este cidadão, e se apenas lhe for aplicada a multa de 25.000 Euros,(deixe-me rir, para não dizer o que me apetece) então pode crer que o Senhor será conotado como cúmplice e politicamente um covarde.

Embora para mim não restem dúvidas da posição que o Senhor e o partido vão tomar. O povo vos julgará. Políticos de polichinelo é o que abunda neste País, sequiosos de poder e protagonismo. De competência….ZERO. Empregos para boys e girls e negócios de gabinete, já não nos conseguem enganar. Nem aos mais ingénuos…
Sinceramente,

Mário Cavalleri

A vida para além do sr. Ronaldo

Sei que chega a ser ofensivo falar de ninharias enquanto Cristiano Ronaldo continua triste. Mas, se me permitem, vale a pena notar que o primeiro-ministro já anunciou o advento de mais impostos, e isso, embora não se compare ao drama do célebre jogador da bola, também pode tornar-se aborrecido para os portugueses cujos rendimentos anuais andam um bocadinho abaixo dos vinte ou trinta milhões.

Nesta altura do campeonato (juro tratar-se da última alusão futebolística), é evidente que o Governo entrou em roda livre. O estrondoso falhanço do défice, que apenas surpreendeu meia dúzia de habitantes de Neptuno, veio provar que, por si só, a austeridade não resolve coisa nenhuma. Se o relativo empobrecimento do bom povo era inevitável, é igualmente inútil caso não seja acompanhado do empobrecimento do Estado. Um Governo eficaz quanto ao primeiro desígnio e anedótico quanto ao segundo não vai longe. Ou talvez vá exactamente aonde quer ir.

Desde o início que o dr. Passos Coelho dispunha de três possibilidades. Uma consistia em ouvir a oposição, manter a carga fiscal intacta (salvo para os "ricos", conceito por aqui vago e com frequência imaginário) e não bulir na administração pública, nos apoios sociais e nas sinecuras estatais. Num ápice, concorreríamos com a Grécia e o dr. Passos Coelho seria sumariamente enxotado.

A outra possibilidade implicava governar a sério e temperar o aumento da carga fiscal com a redução da despesa, necessariamente brutal e dolorosa. Com sorte, sofrimento e massas indignadas, haveria a hipótese de um dia longínquo sairmos da crise, e a certeza de que o dr. Passos Coelho sairia do poder muito antes.

A última possibilidade passaria por espoliar as empresas que resistem à falência e, principalmente, os 15% da população que pagam 85% do IRS global, anunciar reformas avassaladoras do Estado, não reformar nada e deixar aberta a esperança de uma reeleição aos ombros dos cidadãos que, se não perderam os empregos, com um aperto aqui ou ali preservaram no essencial a sua anterior condição. Naturalmente, esta foi a opção escolhida.

O instinto de sobrevivência pesa imenso, e o dr. Passos Coelho interpretou bem os motivos que levaram o eleitorado a depositá-lo em S. Bento (com pernoitas em Massamá): embora aprecie o conceito de mudança, a maioria das pessoas abomina a sua aplicação prática. As massas despacharam o eng. Sócrates porque, à conta da inépcia e da trafulhice, a continuidade prometida pelo PS estava ameaçada. Com a boca cheia de futuro, o dr. Passos Coelho representava a fé colectiva em conservar o presente e um vetusto passado, isto é, uma existência financiada pelo exterior. Conforme se vê.

Os resmungos contra a "ingerência" da troika são um artifício de quem jamais desejou ficar entregue a si mesmo. De resto, até que os alemães se aborreçam de facto, a troika paga o regabofe sem conseguir corrigi-lo, afinal o objectivo de toda a gente, incluindo o do Governo que, ao contrário de um cliché em voga, ainda não perdeu o país. O país é que está perdido. E o sr. Ronaldo triste.

Domingo, 2 de Setembro

Um curso com saída

Em vez de frequentar licenciaturas inúteis ou de fingir que frequentam licenciaturas inúteis, os jovens pragmáticos vão directamente ao assunto e inscrevem-se na Universidade de Verão do PSD. À superfície, a brincadeira não diverge muito dos acampamentos do Bloco de Esquerda, tirando as tendas, a iconografia "revolucionária", o haxixe consumido pelos participantes e o estado geral de alucinação da maioria dos oradores. No fundo, porém, ambas as iniciativas visam o mesmo: produzir políticos de carreira. É verdade que o grau de implantação do PSD e a rotatividade das respectivas direcções auguram uma carreira mais promissora do que a rígida pequenez do Bloco, mas o ponto não é esse.

O ponto é a existência de centenas (ou milhares?) de meninos e de meninas capazes de trocar os prazeres da idade e da estação por uma semana de clausura, a ouvir oradores de gabarito diverso, a estabelecer os contactos "certos" e, sobretudo, a preparar o seu futuro. Não importa muito se o fazem por fanatismo ideológico ou cinismo: o facto é que o fazem, e isso só nos deve angustiar.

Não sou de mitificar as lideranças políticas já reformadas, que à distância parecem sempre melhores do que na realidade foram. Em contrapartida, não me custa nada lamentar a monumental pelintrice das lideranças actualmente em funções. Mal por mal, antigamente ainda passava pelas cúpulas partidárias o ocasional portador de um percurso profissional realmente exterior aos partidos e à influência dos partidos. Hoje, não. Se retirarmos a política aos políticos de agora, ficamos com uma multidão de rematadas e disciplinadas nulidades sem serventia no mundo real excepto, talvez, no sector da arrumação de automóveis.

Dizer que o problema do país são os maus políticos é tão redundante quanto sugerir que Haydn tinha jeito para a música: os políticos são maus porque nunca souberam ser outra coisa, sobretudo uma coisa sujeita a responsabilidades e que tomasse decisões sem envolver o dinheiro alheio. É por isso que, na sua franqueza, as universidades (e os acampamentos) de Verão chocam um bocadinho, embora um bocadinho menos do que a disseminada ilusão de que compete a essa gente aperfeiçoar as nossas vidas. Contas feitas, a única aptidão de tais espécimes é a criação de emprego: o deles.

Quarta-feira, 5 de Setembro

A grande questão do nosso tempo

Confesso não ter ainda percebido o modo como ocorrerá, se é que ocorrerá, a privatização da RTP. Pior: suspeito que o Governo também não percebeu. Ao longo dos últimos meses, já se falou em vender dois canais, leiloar um canal, fechar um canal e entregar a concessão de outro e todas as combinações intermédias possíveis. Há dias, o dr. Passos Coelho esclareceu enfim o assunto: existem vários cenários que estão a ser equacionados. Em português, isto significa que o homem não faz ideia do que fazer com essa redundância absurda e absurdamente dispendiosa.

Na verdade, o melhor é não fazer nada. Pelo menos a acreditar nas reacções furiosas a qualquer proposta de venda/aluguer/concessão da RTP que emergiram durante Agosto. Um manifesto recentemente posto a circular por certas "personalidades" resume o estado de espírito das "personalidades" em geral: nenhuma "medida suscetível de amputar, enfraquecer ou alienar a propriedade ou a gestão do serviço público de rádio e de televisão" é aceitável. Algumas "personalidades", invariavelmente da política ou da "cultura", exprimiram-se a título individual e proclamaram que bulir no corrente modelo de "serviço público", no qual uns se servem e o público paga, constitui: um atentado; um problema fracturante; uma pouca-vergonha; um golpe brutal; uma fraude; um acto ilegítimo; uma negociata; uma inconstitucionalidade, uma ameaça à soberania nacional.

Quem nos olhasse de fora acharia que uma nação cuja soberania depende dos programas do sr. Malato, de noticiários manipulados por sucessivos governantes e de reposições de séries americanas transmitidas dois anos antes pela Fox não se aguentaria por muito mais tempo. Por sorte, sendo frágil em matéria televisiva, Portugal, ou a indignação dos portugueses, é imperturbável no que respeita ao resto.

É óbvio que perturbar a RTP suscita um drama. Mas estrafegar as contas públicas, por exemplo, não maça ninguém. E ninguém subscreve manifestos contra o "investimento" estatal, leia-se sufocar a economia com impostos e corrompê-la mediante a redistribuição calculada dos mesmos. Ninguém reputa de fraudulenta a destruição sistemática do sistema de ensino, de que as Novas Oportunidades foram o mero apogeu. Ninguém julga uma pouca-vergonha o caldo de compadrios e boçalidade a que por cá se chama poder autárquico. Ninguém considera ilegítima a negociata das energias "renováveis", que só se renovam à custa do contribuinte. E decididamente ninguém acusa de inconstitucional a proeza de deixar a nação à míngua e à esmola, para cúmulo a juros elevados. Ninguém, ou quase ninguém, o que no caso é exactamente igual.

Inconformado, Mário Soares pergunta: se se vender a RTP (e a TAP, e maravilhas públicas similares), o que é que fica do nosso país? Fica o que a democracia de que o dr. Soares é um adequado pai permitiu que escapasse à paternidade do Estado: um deserto, igualzinho ao actual excepto na poupança de centenas de milhões de euros e o lamentável sumiço do sr. Malato.

Algum de vós dava emprego (não estou a falar de trabalho...) a alguém com esta "Carreira de Vida" (Curriculum Vitae[CV])!?...

Nome: Pedro Passos Coelho

Morada: Rua da Milharada - Massamá

Data de nascimento: 24 de Julho de 1964

Formação Académica: Licenciatura em Economia - Universidade Lusíada

(concluída em 2001, com 37 anos de idade)

Percurso profissional: Até 2004, apenas actividade partidária na JSD e PSD;

a partir de 2004 (com 40 anos de idade) passou a desempenhar vários cargos

em empresas do amigo e companheiro de Partido, Engº Ângelo Correia e do

Horácio Luis de Carvalho (também arguido no BPN/SLN) tais como:

(2007-2009) Administrador Executivo da Fomentinvest, SGPS, SA;

(2007-2009) Presidente da HLC Tejo,SA;

(2007-2009) Administrador Executivo da Fomentinvest;

(2007-2009) Administrador Não Executivo da Ecoambiente,SA;

(2005-2009) Presidente da Ribtejo, SA;

(2005-2007) Administrador Não Executivo da Tecnidata SGPS;

(2005-2007) Administrador Não Executivo da Adtech, SA;

(2004-2006) Director Financeiro da Fomentinvest,SGPS,SA;

(2004-2009) Administrador Delegado da Tejo Ambiente, SA;

(2004-2006) Administrador Financeiro da HLC Tejo,SA.

Este é o "magnífico" CV do homem que 'teoricamente' governa este País! Um homem que

nunca soube o que era trabalhar até aos 37 anos de idade! Um homem que, mesmo sem ocupação profissional, só conseguiu terminar a Licenciatura (numa Universidade privada...) com 37 anos de idade!

Mais: um homem que, mesmo sem experiência de vida e de trabalho, conseguiu logo

obter emprego como ADMINISTRADOR... em empresas de Ângelo Correia, "barão" do PSD e seu tutor e mentor político... !

O dono/patrão da HLC é o Horácio Luis de Carvalho, o tal fulano arguido no Procº do Aterro Sanitário da Covilhã (Cova da Beira), cujo Julgamento recomeçou a semana passada, passados 19 anos do ?esquema? montado na Adjudicação da Obra. Foi o célebre Engº António Morais (Prof. do Sócrates) que ?tratou? dessa Adjudicação, sendo nessa altura o Secretário de Estado Ambiente o EngºSócrates!

Como vêem, está tudo ligado, tudo boa rapaziada,eu diria uma verdadeira equipa !!!

MAS É ESTE O HOMEM QUE FALA DE "ESFORÇO" NA VIDA E DE "MÉRITO"!

É ESTE O HOMEM QUE PRETENDE DAR LIÇÕES DE VIDA A MILHARES DE TRABALHADORES DESTE PAÍS QUE NUNCA CHEGARÃO A ADMINISTRADORES DE EMPRESA ALGUMA, MAS QUE

LABUTAM ARDUAMENTE HÁ MUITOS E MUITOS ANOS NAS SUAS EMPRESAS, GANHANDO ORDENADOS DE MISÉRIA!

É ESTE O HOMEM QUE, EM TOM MORALISTA, FALA DE "BOYS" E DE "COMPADRIOS"....

Exemplar e EDIFICANTE...!

DEMITA-SE SR. PRIMEIRO MINISTRO

Nicolau Santos, na sua habitual coluna do semanário Expresso, escreve nestes termos:

Sr primeiro-ministro, depois das medidas que anunciou sinto uma força a crescer-me nos dedos e uma raiva a nascer-me nos dentes? Também eu, senhor Primeiro-Ministro. Só me apetece rugir!..

O que o Senhor fez, foi um Roubo! Um Roubo descarado à classe média,

no alto da sua impunidade política! Por isso, um duplo roubo: pelo crime em si e pela indecorosa impunidade de que se revestiu. E, ainda pior: Vossa Excelência matou o País!

Invoca Sua Sumidade, que as medidas são suas, mas o déficit é do Sócrates! Só os tolos caem na esparrela desse argumento. O déficit já vem do tempo de Cavaco Silva, quando, como bom aluno que foi, nos anos

80, a mando dos donos da Europa, decidiu, a troco de 700 milhões de contos anuais, acabar com as Pescas, a Agricultura e a Industria.

Farisaicamente, Bruxelas pagava então, aos pescadores para não pescarem, e aos agricultores para não cultivarem. O resultado, foi uma total dependência alimentar, uma decadência industrial e investimentos faraónicos no cimento e no alcatrão. Bens não transaccionáveis, que significaram o êxodo rural para o litoral, corrupção larvar e uma classe de novos muitíssimo-ricos. Toda esta tragédia, que mergulhou um País numa espiral deficitária, acabou,

fragorosamente, com Sócrates. O déficit é de toda esta gente, que hoje vive gozando as delícias das suas malfeitorias. E você é o herdeiro e o filho predilecto de todos estes que você, agora, hipocritamente, quer pôr no banco dos réus?

Mas o Senhor também é responsável por esta crise. Tem as suas asas crivadas pelo chumbo da sua própria espingarda. Porque deitou abaixo o PEC4, de má memória, dando asas aos abutres financeiros para

inflacionarem a dívida para valores insuportáveis e porque invocou como motivo para tal chumbo, o carácter excessivo dessas medidas.

Prometeu, entretanto, não subir os impostos. Depois, já no poder, anunciou como excepcional, o corte no subsídio de Natal. Agora, isto!

Ou seja, de mentira em mentira, até a este colossal embuste, que é o Orçamento Geral do Estado.

Diz Vossa Eminência que não tinha outra saída. Ou seja, todas as soluções passam pelo ataque ao Trabalho e pela defesa do Capital Financeiro. Outro embuste. Já se sabia no que resultaram estas mesmas medidas na Grécia: no desemprego, na recessão e num déficit ainda maior. Pois o senhor, incauto e ignorante, não se importou de importar

tão assassina cartilha. Sem Economia, não há Finanças, deveria saber o Senhor. Com ainda menos Economia (a recessão atingirá valores perto dos 5% em 2012), com muito mais falências e com o desemprego a atingir o colossal valor de 20%, onde vai Sua Sabedoria buscar receitas para corrigir o déficit? Com a banca descapitalizada (para onde foram os biliões do BPN?), como traçará linhas de crédito para as pequenas e médias empresas, responsáveis por 90% do desemprego?

O Senhor burlou-nos e espoliou-nos. Teve a admirável coragem de sacar aos indefesos dos trabalhadores, com a esfarrapada desculpa de não ter outra hipótese. E há tantas! Dou-lhe um exemplo: o Metro do Porto. Tem um prejuízo de 3.500 milhões de euros, é todo à superfície e tem uma oferta 400 vezes!!! superior à procura. Tudo alinhavado à medida de uns tantos autarcas, embandeirados por Valentim Loureiro. Outro exemplo: as parcerias publico-privadas, grande sugadouro das finanças públicas. Outro exemplo: Dizem os estudos que, se V.Exa cortasse na mesma percentagem, os rendimentos das 10 maiores fortunas de Portugal, ficaríamos aliviadinhos de todo, desta canga deficitária. Até porque foram elas, as grandes beneficiárias desta orgia grega que nos tramou.

Estaria horas, a desfilar exemplos e Você não gastou um minuto em pensar em deslocar-se a Bruxelas, para dilatar no tempo, as gravosas medidas que anunciou, para Salvar Portugal!

Diz Boaventura de Sousa Santos que o Senhor Primeiro-Ministro é um homem sem experiência, sem ideias e sem substrato académico para tais andanças. Concordo! Como não sabe, pretende ser um bom aluno dos mandantes da Europa, esperando deles, compreensão e consideração.

Genuina ingenuidade! Com tudo isto, passou de bom aluno, para lacaio da senhora Merkel e do senhor Sarkhozy, quando precisávamos, não de um bom aluno, mas de um Mestre, de um Líder, com uma Ideia e um Projecto para Portugal. O Senhor, ao desistir da Economia, desistiu de Portugal! Foi o coveiro da nossa independência. Hoje, é, apenas, o Gauleiter de Berlim.

Demita-se, senhor primeiro-ministro, antes que seja o Povo a demiti-lo.

«Uma sociedade sem valores é uma sociedade pobre, condenada e decadente!»

José Alberto Morais da Silva, Coronel Piloto Aviador na Reforma, vem, por este meio, protestar contra a vergonha e humilhação por que fez passar os Antigos Combatentes vergonha quando da visita de V. Excelência a Moçambique!

Por certo que sabia ou se não sabia, alguém do luzidio séquito que o acompanhou na visita deveria ter-lhe dito, que havia um cemitério no Maputo onde estão os restos mortais de vários Militares Portugueses que perderam a vida nos combates em Moçambique durante a guerra do Ultramar.

Era sua obrigação, como Primeiro Ministro de Portugal ter ido prestar homenagem aos nossos mortos em combate.

Mas V. Excelência, do alto dos seus altos conhecimentos da arte de ser político ou por não ter cumprido Serviço Militar e, portanto, não saber bem o que significa a palavra Patriotismo, decidiu prestar homenagem aos mortos do nosso adversário nessa guerra, deixando no esquecimento aqueles que perderam a vida numa guerra que justa ou injusta, foi uma guerra em que perderam a vida alguns milhares de Militares Portugueses.

Este acto de V. Excelência foi mais uma desconsideração e humilhação para os Militares deste País e poderá V. Excelência ficar a saber que 1.300.000 Portugueses, Antigos Combatentes também não esquecerão a afronta cometida pelo Primeiro Ministro de Portugal.

José Alberto Morais da Silva

Coronel da Força Aérea na Reforma

BI. 000201B

O sonho de Pedro Passos Coelho

«"Um terço é para morrer. Não é que tenhamos gosto em matá-los, mas a verdade é que não há alternativa. se não damos cabo deles, acabam por nos arrastar com eles para o fundo. E de facto não os vamos matar-matar, aquilo que se chama matar, como faziam os nazis. Se quiséssemos matá-los mesmo era por aí um clamor que Deus me livre. Há gente muito piegas, que não percebe que as decisões duras são para tomar, custe o que custar e que, se nos livrarmos de um terço, os outros vão ficar melhor. É por isso que nós não os vamos matar. Eles é que vão morrendo. Basta que a mortalidade aumente um bocadinho mais que nos outros grupos. E as estatísticas já mostram isso. O Mota Soares está a fazer bem o seu trabalho. Sempre com aquela cara de anjo, sem nunca se desmanchar. Não são os tipos da saúde pública que costumam dizer que a pobreza é a coisa que mais mal faz à saúde? Eles lá sabem. Por isso, joga tudo a nosso favor. A tendência já mostra isso e o que é importante é a tendência. Como eles adoecem mais, é só ir dificultando cada vez mais o acesso aos tratamentos. A natureza faz o resto. O Paulo Macedo também faz o que pode. Não é genocídio, é estatística. Um dia lá chegaremos, o que é importante é que estamos no caminho certo. Não há dinheiro para tratar toda a gente e é preciso fazer escolhas. E as escolhas implicam sempre sacrifícios. Só podemos salvar alguns e devemos salvar aqueles que são mais úteis à sociedade, os que geram riqueza. Não pode haver uns tipos que só têm direitos e não contribuem com nada, que não têm deveres.

Estas tretas da democracia e da educação e da saúde para todos foram inventadas quando a sociedade precisava de milhões e milhões de pobres para espalhar estrume e coisas assim. Agora já não precisamos e há cretinos que ainda não perceberam que, para nós vivermos bem, é preciso podar estes sub-humanos.

Que há um terço que tem de ir à vida não tem dúvida nenhuma. Tem é de ser o terço certo, os que gastam os nossos recursos todos e que não contribuem. Tem de haver equidade. Se gastam e não contribuem, tenho muita pena... os recursos são escassos. Ainda no outro dia os jornais diziam que estamos com um milhão de analfabetos. O que é que os analfabetos podem contribuir para a sociedade do conhecimento? Só vão engrossar a massa dos parasitas, a viver à conta. Portanto, são: os analfabetos, os desempregados de longa duração, os doentes crónicos, os pensionistas pobres (não vamos meter os velhos todos porque nós não somos animais e temos os nossos pais e os nossos avós), os sem-abrigo, os pedintes e os ciganos, claro. E os deficientes. Não são todos. Mas se não tiverem uma família que possa suportar o custo da assistência não se pode atirar esse fardo para cima da sociedade. Não era justo. E temos de promover a justiça social.

O outro terço temos de os pôr com dono. É chato ainda precisarmos de alguns operários e assim, mas esta pouca-vergonha de pensarem que mandam no país só porque votam tem de acabar. Para começar, o país não é competitivo com as pessoas a viverem todas decentemente. Não digo voltar à escravatura - é outro papão de que não se pode falar -, mas a verdade é que as sociedades evoluíram muito graças à escravatura. Libertam-se recursos para fazer investimentos e inovação para garantir o progresso e permite-se o ócio das classes abastadas, que também precisam. A chatice de não podermos eliminar os operários como aos sub-humanos é que precisamos destes gajos para fazerem algumas coisas chatas e, para mais (por enquanto), votam - ainda que a maioria deles ou não vote ou vote em nós. O que é preciso é acabar com esses direitos garantidos que fazem com que eles trabalhem o mínimo e vivam à sombra da bananeira. Eles têm de ser aquilo que os comunistas dizem que eles são: proletários. Acabar com os direitos laborais, a estabilidade do emprego, reduzir-lhes o nível de vida de maneira que percebam quem manda. Estes têm de andar sempre borrados de medo: medo de ficar sem trabalho e passar a ser sub-humanos, de morrer de fome no meio da rua. E enchê-los de futebol e telenovelas e reality shows para os anestesiar e para pensarem que os filhos deles vão ser estrelas de hip-hop e assim.

O outro terço são profissionais e técnicos, que produzem serviços essenciais, médicos e engenheiros, mas estes estão no papo. Já os convencemos de que combater a desigualdade não é sustentável (tenho de mandar uma caixa de charutos ao Lobo Xavier), que para eles poderem viver com conforto não há outra alternativa que não seja liquidar os ciganos e os desempregados e acabar com o RSI e que para pagar a saúde deles não podemos pagar a saúde dos pobres.

Com um terço da população exterminada, um terço anestesiado e um terço comprado, o país pode voltar a ser estável e viável. A verdade é que a pegada ecológica da sociedade actual não é sustentável. E se não fosse assim não poderíamos garantir o nível de luxo crescente da classe dirigente, onde eu espero estar um dia. Não vou ficar em Massamá a vida toda. O Ângelo diz que, se continuarmos a portarmo-nos bem, um dia nós também vamos poder pertencer à elite."»

José Vítor Malheiros
(no Público )

Passos Coelho - antes e depois de PM

http://youtu.be/gNu5BBAdQec--

Tenho pena de ti, Pedro!
Setembro 14, 2012

Olá Pedro,

Provavelmente já não nos vemos há coisa de uns 28 anos, quando ambos militávamos na JSD. Eu segui publicidade e tu política, mas pelos vistos nenhum de nós acertou na profissão. Jovens como éramos tínhamos muito pouca noção daquilo que queríamos para o mundo. Sabíamos apenas que uns copos e umas miúdas moldariam a noite e a Terra continuaria a rodar.
Depois o partido mudou, lembras-te? Passou a ser liberal e pouco social. Saí de imediato porque era o sentido social democrata que me movia e não o liberal.
Porém, não é para recordar laivos de juventude que hoje escrevo. Faço-o porque tenho medo. É verdade, medo. Por norma sou um “cagufas” com as doenças, mas actualmente verifiquei que estas alastram para fora do corpo atingindo massas imensas como se de armas químicas se tratasse. Mesmo assim, não é isso que temo. Tenho ouvido as tuas comunicações ao país através da Tv e (sabes que sou um apaixonado por história) não tenho gostado do que ouço e vejo. Preocupa-me, que queres?
É que falas das gerações futuras com muita frequência e da formação do “homem novo” num país arrumado, estruturado, limpo, feliz. Mete medo Pedro. Em 1911 Lenine e Estaline falavam do Homem Novo, dos amanhãs que cantariam. Lembraste dos Gulags, da miséria soviética? Não cantaram!
Em 1933 o prof Salazar também argumentava a favor do novo homem, do Estado Novo, do rigor. Foram 48 anos de rigor e mais de 14.000 mortos a defender rigorosamente terras distantes que curiosamente hoje nos pedes para rever e pisar.
Em 1936, um rapaz austríaco lembrou-se também do Homem Novo, ariano, espartano, puro. Purificou para sempre mais de 54 milhões de pessoas e não foi bonito. Fico por isso assustado quanto te ouço falar de um futuro mais sorridente, das novas gerações.
Mas não só. Acima de tudo quedo perplexo quando irracionalmente à destruição do tecido social deste país. Não é pelo país, é mesmo pelas pessoas. São seres humanos com expectativas criadas pelo seu trabalho e não pelo jogo político ou financeiro. Sabes, entendi até um certo ponto que os governos anteriores deram cabo disto e os seus responsáveis deverão ser criminalizados para além do voto. Por isso respeitei as tuas promessas eleitorais embora não te tenha dado o meu voto…nenhum o merecia ou merecerá. Mas após tantas contradições e arrogâncias quase tenho medo de ti. Melhor, não será medo, mas pena.
Não te queria junto de Estaline, Lenine, Salazar, Hitler e outros tantos que desrespeitaram o seu semelhante. Até acredito que te vás safar disto porque afinal todos o fazem e a culpa morre sempre viúva. Porém, um Homem (novo ou velho) mede-se sempre pela atitude que expressa e a tua é vazia, insensível, cobarde e irascível pois para além de acreditar que acreditas (passe o pleonasmo) nas irracionalidades que apregoas sei também que tas mandam dizer (essa corja liderada pelo teu padrinho e protector Ângelo Correia, Aguiar Branco, etc.)… e isso é o ponto mais baixo a que um Homem pode chegar. Mais baixo mesmo do que aqueles que todos os dias obrigas a arrastar pelas ruas da amargura e miséria. Afinal não tenho medo Pedro. Tenho pena…de ti.

José Carlos

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