Disse ontem que o Ocidente se tinha mostrado cauteloso e, até certo ponto, desinteressado da guerra civil da Síria. Não me lembrei da França, que se julga desde o princípio do século XIX a entidade redentora da humanidade. Não só, segundo a ortodoxia, ensinou a liberdade aos povos, com a grande revolução de 1789-1794 (que, por acaso suprimiu qualquer vestígio de liberdade), mas serviu de modelo a Lenine e aos bolcheviques no glorioso golpe de Estado de 1917. Esta fé continua a ser essencial à cultura política do Estado e da "inteligência". Infelizmente, depois de 1815 e da derrota definitiva de Napoleão, a França nunca foi mais do que uma potência de terceira ordem; e desde o fim da II Guerra perdeu mesmo a "supremacia" cultural, que sempre lhe dava algum consolo e importância.
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