quarta-feira, 28 de setembro de 2022

FC Porto

 


Evito falar de desporto, sobretudo de Futebol, Só que o artigo está com um "cherinho" bairrista, aqui vai ele:

Um jornal lisboeta encarregou-se de anunciar a boa nova na última quinta-feira de setembro de 1893: “Fundou-se no Porto um clube chamado Football Club do Porto, o qual vem preencher a falta que havia no Norte do país de uma associação para os jogadores daquela especialidade. Que o FC Porto apure um grupo rijo de jogadores (…) para animar os desafios de futebol como já são as corridas de bicicletas. Eis o que desejamos”.
129 anos volvidos, o FC Porto continua a representar a cidade, a região e o país como mais ninguém foi capaz de fazer até ao momento, tanto dentro como fora de portas. Graças a sucessivos plantéis recheados de qualidade, equipas técnicas de excelência e corpos diretivos dedicados, o clube nunca deixou de “animar os desafios de futebol” e com esse lema em mente arrancou a todo o gás para quase 13 décadas de história e glória num sem número de desportos.

Se António Nicolau de Almeida foi a figura de proa do movimento associativo de finais do século XIX que deu origem ao clube, em 1906 coube a José Monteiro da Costa a árdua tarefa de o reerguer. Nos primeiros 89 anos de existência, o FC Porto teve equipas humildes compostas por valorosos atletas que contrariaram o poder central em algumas ocasiões. Não as suficientes.
Isso só viria a mudar definitivamente em 1982, com a chegada de Jorge Nuno Pinto da Costa à presidência e de José Maria Pedroto ao comando técnico. Responsável pela conversão dos andrades em Dragões, a dupla que já tinha sido responsável pela quebra do jejum de 19 anos sem o principal título nacional - na altura com Pinto da Costa como diretor do futebol - transformou o clube numa máquina formadora de “grupos rijos de jogadores”, de sócios exigentes e, mais importante do que tudo, ganhadora de títulos.
Tão ganhadora que, quatro décadas volvidas, o emblema da Invicta é o mais bem-sucedido de Portugal. Bicampeão Europeu, foi o único a conquistar a Taça dos Campeões “a cores” e a Liga dos Campeões no atual e dificílimo formato, foi também o único a vencer a Taça UEFA (logo em duas ocasiões), a Supertaça Europeia e a sagrar-se Bicampeão do Mundo na Taça Intercontinental.
Sete troféus internacionais - contra apenas três dos restantes rivais internos, todos na longínqua década de 1960 - já compõem um pecúlio mais do que suficiente para coroar o FC Porto como o rei do futebol luso. Só que os números não ficam por aqui: apesar de a vastíssima maioria da comunicação social e dos adversários nunca o admitirem (e de até o tentarem contrariar com fábulas antigas), os Dragões somam mais 28 títulos do que o Sporting e os mesmos do Benfica.
O presidente responsável pela conquista de 65 dos 82 troféus que atestam a hegemonia azul e branca em Portugal - que também é o mais galardoado do futebol mundial - deixou bem claro qual terá de ser o mote para os próximos 129 anos na última gala dos Dragões de Ouro: “A obra continuará a crescer sempre, porque o FC Porto é eterno e tem uma qualidade fantástica”. Parabéns, Futebol Clube do Porto!

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