A República e a Cidade definham.
Não há cidadãos, só contribuintes, desempregados e servos. A República é uma colónia da troika. Está hipotecada.
Dá dó, sofrimento e desespero.
Dizia no metro uma devota que “a gente até perde a Fé”.
Perde-a na política, mas ganha-a na História e na Cultura. Onde vive o Pensamento, os homens da Cultura e Arte.
Como muitos vivem no cemitério da Lapa, no Porto. Fica atrás da Igreja do mesmo nome.
Soares de Passos, poeta, vive ali. A sua poesia encima o portão de entrada do cemitério.
Camilo Castelo Branco, poeta, romancista, homem do amor, da liberdade.
José Ferreira Borges, jurista, autor do Código Comercial.
Marques da Silva, arquitecto, projectista do Teatro S. João, Estação de S. Bento, Liceu Alexandre Herculano.
Tantos outros!
Não tem lugar para biltres.
A Igreja da Lapa é lugar de culto, de memória histórica.
Fica ali atrás do que foi o Campo de Santo Ovídio, hoje Praça da República, nas traseiras do quartel-general.
Neoclássica, monumento à beleza, inspira o culto religioso. Também a poesia, a literatura e arte dos que vivem em silêncio no cemitério.
Não há cidadãos, só contribuintes, desempregados e servos. A República é uma colónia da troika. Está hipotecada.
Dá dó, sofrimento e desespero.
Dizia no metro uma devota que “a gente até perde a Fé”.
Perde-a na política, mas ganha-a na História e na Cultura. Onde vive o Pensamento, os homens da Cultura e Arte.
Como muitos vivem no cemitério da Lapa, no Porto. Fica atrás da Igreja do mesmo nome.
Soares de Passos, poeta, vive ali. A sua poesia encima o portão de entrada do cemitério.
Camilo Castelo Branco, poeta, romancista, homem do amor, da liberdade.
José Ferreira Borges, jurista, autor do Código Comercial.
Marques da Silva, arquitecto, projectista do Teatro S. João, Estação de S. Bento, Liceu Alexandre Herculano.
Tantos outros!
Não tem lugar para biltres.
A Igreja da Lapa é lugar de culto, de memória histórica.
Fica ali atrás do que foi o Campo de Santo Ovídio, hoje Praça da República, nas traseiras do quartel-general.
Neoclássica, monumento à beleza, inspira o culto religioso. Também a poesia, a literatura e arte dos que vivem em silêncio no cemitério.
Preserva um símbolo de liberdade e direitos constitucionais. O “Coração Imperial”, assim se diz nos “autos de entrega”, de 7 de Fevereiro de 1835. É o coração do Duque de Bragança. Conservado num mausoléu, ao lado esquerdo, junto ao altar quem olha de frente. A História (ou a lenda?) reza que D. Pedro ali orava, durante o Cerco do Porto, a guerra com os absolutistas do irmão Miguel.
Ao fundo da Igreja, o Monumental Órgão de Tubos. De extraordinária beleza e cultura, multicolor, encanta até no silêncio. E muito mais na música, na arte. Ergue hosanas a Deus. Embala o sono eterno do coração do Duque. Apazigua a longa vida dos que habitam o cemitério. Afaga os ouvidos e alma dos crentes. De quem o escuta.
É monumental nas dimensões. De trinta e duas toneladas, quinze metros de altura, dez metros e meio de largura, cinco metros de profundidade. Com cerca de 4500 tubos.
A igreja (a História é a solidez do presente e do futuro) é fundamental de ver, estudar e reflectir. Orar é pensar.
A escola, de 1792, fica num anexo. Convoca-nos a História, a Ciência e Literatura.
Ricardo Jorge, Eça de Queiroz, Ramalho Ortigão estudaram aí.
Conservam-se memórias de Camilo: o revólver e bala do suicídio, pena, lapiseira, tinteiro, cartas a Ana Plácido.
Coisas pequenas, grandes coisas da vida. Para nesta meditar, de ambas as suas faces.
Noutro anexo, em frente à Igreja, a poente, o hospital.
Edifício de inspiração neoclássica, projectado por Joaquim Pinto Basto.
Moderno. Representativo da medicina privada no País.
Inaugurado em Setembro de 1904, com generosas intenções. Acolher os pobres.
Hoje nem tanto.
A Irmandade de Nossa Senhora da Lapa administra, gere e conserva todo este património cultural.
Exemplarmente.
O poder público não mete lá bedelho. Felizmente.
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