Estão preocupadíssimos com a "língua" de Ricardo Salgado.
E se ele conta o que sabe?
E o que saberá?
22 anos é muito tempo. 30 anos depois das reprivatizações acomodadas com fundos comunitários. Estradas, casas e cimenteiras. Bancos e imobiliário. De Miami às Ilhas Caimão.
E logo depois lembram-nos que Durão Barroso foi "‘consultor' do BES".
Que Passos Coelho foi dirigente na Fomentinvest, "sociedade de que um dos accionistas é precisamente do Grupo Espírito Santo".
Que o nosso honestíssimo e incorruptível "Cavaco Silva foi convidado a candidatar-se à presidência da República num jantar em casa de Ricardo Salgado, no qual estiveram presentes Durão Barroso, Marcelo Rebelo de Sousa e a sua milenar companheira, também ela administradora não executiva do BES."
Salgado só terá sido detido quando já não era banqueiro. É a "justiça de pelourinho" que trabalha com um sistema legal que não sendo cego se move "por ressentimento social e oportunidade popular".
Sócrates foi directo ao assunto: "Não vi até hoje nenhuma explicação que me convencesse que era necessário deter Ricardo Salgado. As razões que vêm nos jornais são pueris", disse Sócrates, acrescentando: "Acho que a Justiça ganhava em explicar-nos a todos porque deteve Salgado".
Sem comentários:
Enviar um comentário