Clavis Prophetarum era apontada pelo jesuíta como a sua obra-prima, versando sobre a necessidade do fim do mundo para que surja outro novo, mais próximo do original da criação divina.
O manuscrito original da obra Clavis Prophetarum (em português A Chave dos Profetas), da autoria do Padre António Vieira, que se encontrava desaparecido há 300 anos e cuja existência muitos colocavam já em causa, foi descoberto por dois investigadores portugueses em Roma, na Biblioteca Gregoriana, avançou o jornal Expresso esta sexta-feira, 27 de maio.
Ana Travassos Valdez, especialista em literatura apocalíptica e investigadora principal do Centro de História da Universidade de Lisboa, e Arnaldo Espírito Santo, professor emérito da Faculdade de Letras, fizeram todos os testes e verificações necessários para assegurar que se trata realmente do original da obra que resulta de décadas de trabalho do autor.
A descoberta será anunciada oficialmente na próxima segunda-feira, 30 de maio, pelas 16h30, numa transmissão em direto e em simultâneo a partir da Universidade Gregoriana de Roma e da Universidade de Letras de Lisboa. Durante esta sessão, serão desvendadas imagens do manuscrito, que foi redigido em latim, ao longo de 324 folhas desiguais. Às 18horas do mesmo dia, o 7MARGENS divulgará mais pormenores sobre o texto e a sua apresentação pública.
Este é considerado um momento fulcral na investigação em torno da obra de Vieira, dado que Clavis Prophetarum era apontada pelo próprio jesuíta como a sua obra-prima, versando sobre a necessidade do fim do mundo para que surja outro novo, mais próximo do original da criação divina. Nascido em Lisboa em 1608, o padre António Vieira é tido como “o imperador da língua portuguesa”
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