sábado, 21 de dezembro de 2019

O "Barão" de Itararé


"O que se leva desta vida, é a vida que a gente leva"

O "Barão" de Itararé

Criador do jornal “A Manha”, o "Barão2 ridicularizava ricos, classe média e pobres. Não perdoava a ninguém, sobretudo políticos, donos de jornais e intelectuais.

Ele não era barão, obviamenteo. Mas deu-se o título de nobre, e nobre se tornou.

O primeiro nobre do humor no Brasil. reflectindo sobre tudo e sobre todosos e costumava dizer que, “quando pobre come frango, um dos dois está doente”.

Em 2003, o filósofo Leandro Konder lançou “Barão de Itararé — O Humorista da Democracia” (Brasiliense, 72 páginas). O texto de Konder é muito bom, mas, como é uma biografia reduzida, não dá conta inteiramente do personagem, uma espécie de Karl Kraus menos filosófico mas igualmente cáustico.

Quatro anos depois, o jornalista Mouzar Benedito lançou o opúsculo “Barão de Itararé — Herói de Três Séculos (Expressão Popular, 104 páginas). com as melhores máximas.... ,aí vão algumas:

A criança diz o que faz, o velho diz o que fez, e o idiota o que vai fazer.

Os homens nascem iguais, mas no dia seguinte já são diferentes.
A forca é o mais desagradável dos instrumentos de corda.

Sábio é o homem que chega a ter consciência da sua ignorância.
Não é triste mudar de ideias, triste é não ter ideias para mudar.
Mantenha a cabeça fria, se quiser ideias frescas.
O tambor faz muito barulho, mas é todo vazio por dentro.
Genro é um homem casado com uma mulher, cuja mãe se mete em tudo.
Neurastenia é doença de gente rica. Pobre neurasténico só pode ser um malcriado.
De onde menos se espera..., daí é que não sai nada.
Quem empresta, adeus.
Pobre quando mete a mão no bolso, só tira os cinco dedos.
Quem inventou o trabalho não tinha o que fazer.

quinta-feira, 19 de dezembro de 2019

Halloween: Festa anticristã que atrai fealdade e mal, recusando beleza e santidade


À festa do Halloween está associado um crescente volume de negócios. Mas trata-se apenas de um fenómeno que aquece a economia, ou alguma coisa se esconde por trás da noite das bruxas?

«O Halloween insere-se num projeto mais vasto, fortemente apoiado pelos meios de comunicação social, que não é tanto comercial, mas de induzir a opinião pública, em particular as crianças, os adolescentes e os jovens a familiarizarem-se com mentalidades ocultas e mágicas, estranhas e hostis à fé e à cultura cristã. Querem que se desvaneça a visão cristã da vida e se regresse à pagã», considera o presidente da Associação Internacional de Exorcistas.

O P. Francesco Bamonte conta que a sua experiência, «como a de outros exorcistas, mostra como a data do Halloween, inclusive o período de tempo que a prepara, é de facto para alguns jovens um momento privilegiado de contacto com realidades sectárias ou, em todo o caso, ligadas ao mundo do ocultismo, com consequências que podem ser graves não só no plano espiritual, mas também no plano da integridade psicofísica».

Na mente dos mais jovens, o Halloween «imprime pelo menos a fealdade. E ao imprimir nas crianças a fealdade, o gosto do horrível, do disforme, do monstruoso, colocados ao mesmo nível do belo, orienta-os de alguma forma para o mal. No Céu, onde só reina a bondade, tudo é belo. No Inferno, onde só se respira ódio, tudo é feio», observa o P. Bamonte.

«São obscurantistas aqueles que fazem conhecer às novas gerações os grandes benfeitores da humanidade, que são os santos, em cujo rosto se reflete a beleza do Céu, ou aqueles que adestram as novas gerações para a cultura da morte?»

O sacerdote considera que «as crianças precisam de beleza, não de fealdade, porque precisam de bondade, não de maldade. E é a beleza que os ajuda a discernir entre o que é bom e o que é mau».

Por isso, prossegue o exorcista, é preciso alertar pais, educadores «e sobretudo quem continua não só a defender que o Halloween é um jogo inocente, mas quem acusa de obscurantismo quem lhe sublinha a forte valência negativa».

«São obscurantistas aqueles que fazem conhecer às novas gerações os grandes benfeitores da humanidade, que são os santos, em cujo rosto se reflete a beleza do Céu, ou aqueles que adestram as novas gerações para a cultura da morte, dessacralizam os símbolos da fé cristã e exaltam o macabro e o demoníaco», questiona.

O responsável lembra que o Halloween é, «no calendário dos ocultistas, magos, operadores do oculto e cultores de Satanás, uma das “festividades” mais importantes», sendo para eles «motivo de grande comprazimento que a mente e os corações de tantas crianças, adolescentes, jovens e não poucos adultos, mesmo que por jogo ou divertimento, estejam voltados para o macabro, o demoníaco, os vampiros, os fantasmas, as feitiçarias» e às «irrisões sarcásticas e sinistras do momento mais importante e decisivo da existência de um ser humano que é o da sua morte».

«O dever» dos pais, educadores, meios de comunicação social e dos padres é o de «empenharem-se intensamente nas paróquias e nas escolas para que emerja a componente anticristã» do Halloween, sem o temor de serem etiquetados de beatos»

«Além disso, poucos sabem que os cultores de Satanás, nessa noite, nos ritos perversos que realizam em sua honra, lhe oferecem os jogos e as “energias” de todos aqueles que, mesmo por divertimento, no entender nos satanistas, evocam implicitamente com aquela festa o mundo das trevas», aponta.

Isto não significa que aqueles que festejam o Halloween vão ter experiências negativas, mas «para os seguidores do maligno é certamente motivo de grande satisfação que tantas crianças, adolescentes, jovens e adultos se orientem nessa noite não para a maravilhosa luz e beleza de Deus, mas, de alguma forma, para o mundo do mal. Eles estão convencidos de que dessa maneira reforça-se o poder do maligno na sociedade e neles próprios», afirma o P. Bamonte.

O P. Aldo Buonaiuto, da Comunidade João XXIII, também sublinha os perigos da sedução do Halloween: «É a matriz esotérica que o torna perigoso. Não se trata de uma data laica, como muitas vezes é apresentada, mas sobretudo de um acontecimento religioso em sentido negativo, uma operação paganizadora que consegue camuflar-se por trás da aparente inocuidade do «doce ou travessura».

«As raízes do Halloween remontam à festividade céltica de Samhain, durante a qual eram realizados ritos que contemplavam inclusive sacrifícios humanos e que deviam servir para atrair a benevolência dos espíritos malignos. Para a execução desses rituais macabros, os participantes revestiam-se de máscaras e eram feitas invocações. Elementos que voltam a propor-se hoje, na convicção de que se trata apenas de um jogo inocente. Infelizmente, não é assim», refere.

O sacerdote acentua que «o dever» dos pais, educadores, meios de comunicação social e dos padres é o de «empenharem-se intensamente nas paróquias e nas escolas para que emerja a componente anticristã» do Halloween, sem o temor de serem etiquetados de beatos, mas tendo sempre como bússola do seu agir quotidiano o enraizamento na Verdade».

Às crianças, «em contraposição ao perigoso e vazio divertimento propagado pelo Halloween, seja apresentada com convicção e credibilidade a beleza da mensagem cristã, e portanto os valores da caridade, da solidariedade e da santidade», conclui.


Riccardo Benotti
In SIR