domingo, 4 de dezembro de 2016

Ditados Populares Portugueses

O saber popular

*A ambição cerra o coração*
*A pressa é inimiga da perfeição*
*Águas passadas não movem moinhos*
*Amigo não empata amigo*
*Amigos amigos negócios à parte*
*Água mole em pedra dura, tanto dá até que fura*
*A união faz a força*
*A ocasião faz o ladrão*
*A ignorância é a mãe de todas as doenças*
*Amigos dos meus amigos, meus amigos são*
*A cavalo dado não se olha a dente*
*Azeite de cima, mel do meio e vinho do fundo, não enganam o mundo*
*Antes só do que mal acompanhado*
*A pobre não prometas e a rico não devas.*
*A mulher e a sardinha, querem-se da mais pequenina*
*A galinha que canta como galo corta-lhe o gargalo*
*A boda e a baptizado, não vás sem ser convidado*
*A galinha do vizinho é sempre melhor que a minha*
*A laranja de manhã é ouro, à tarde é prata e à noite mata*
*A necessidade aguça o engenho*
*A noite é boa conselheira*
*A preguiça é mãe de todos os vícios*
*A palavra é de prata e o silêncio é de ouro*
*A palavras (ocas|loucas) orelhas moucas*
*A pensar morreu um burro*
*A roupa suja lava-se em casa*
*Antes só que mal acompanhado*
*Antes tarde do que nunca*
*Ao rico mil amigos se deparam, ao pobre seus irmãos o desamparam*
*Ao rico não faltes, ao pobre não prometas*
*As palavras voam, a escrita fica*
*As (palavras ou conversa ...) são como as cerejas, vêm umas atrás das outras*
*Até ao lavar dos cestos é vindima*
*Água e vento são meio sustento*
*Águas passadas não movem moinhos*
*Boi velho gosta de erva tenra*
*Boca que apetece, coração que padece*
*Baleias no canal, terás temporal*
*Boa fama granjeia quem não diz mal da vida alheia*
*Boa romaria faz, quem em casa fica em paz*
*Boda molhada, boda abençoada*
*Burro velho não aprende línguas*
*Burro velho não tem andadura e se tem pouco dura*
*Cada cabeça sua sentença*
*Chuva de São João, tira vinho e não dá pão*
*Casa roubada, trancas à porta*
*Casarás e amansarás*
*Criou a fama, deite-se na cama*
*Cada qual com seu igual*
*Cada ovelha com sua parelha*
*Cada macaco no seu galho*
*Casa de ferreiro, espeto de pau*
*Casamento, apartamento*
*Cada qual é para o que nasce*
*Cão que ladra não morde*
*Cada qual sabe onde lhe aperta o sapato*
*Com vinagre não se apanham moscas*
*Coma para viver, não viva para comer*
*Com o direito do teu lado nunca receies dar brado*
*Candeia que vai à frente alumia duas vezes*
*Casa de esquina, ou morte ou ruína*
*Cada panela tem a sua tampa*
*Cada um sabe as linhas com se cose*
*Cada um sabe de si e Deus sabe de todos*
*Casa onde entra o sol não entra o médico*
*Cautela e caldos de galinha nunca fizeram mal a ninguém*
*Cesteiro que faz um cesto faz um cento,se lhe derem verga e tempo*
*Com a verdade me enganas*
*Com papas e bolos se enganam os tolos*
*Comer e o coçar o mal é começar*
*Devagar se vai ao longe*
*Depois de fartos, não faltam pratos*
*De noite todos os gatos são pardos*
*Desconfia do homem que não fala e do cão que não ladra*
*De Espanha nem bom vento nem bom casamento*
*De pequenino se torce o pepino*
*De grão a grão enche a galinha o paparrão*
*Devagar se vai ao longe*
*De médico e de louco, todos temos um pouco*
*Diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és*
*Diz o roto ao nu 'Porque não te vestes tu?'*
*Depressa e bem não há quem*
*Deitar cedo e cedo erguer, dá saúde e faz crescer*
*Depois da tempestade vem a bonança*
*Da mão à boca vai-se a sopa*
*Deus ajuda, quem cedo madruga*
*Dos fracos não reza a história*
*Em casa de ferreiro, espeto de pau*
*Enquanto há vida, há esperança*
*Entre marido e mulher, não se mete a colher*
*Em terra de cego quem tem olho é rei*
*Erva daninha a geada não mata*
*Em casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão*
*Em tempo de guerra não se limpam armas*
*Falar é prata, calar é ouro*
*Filho de peixe, sabe nadar*
*Gaivotas em terra, tempestade no mar*
*Guardado está o bocado para quem o há de comer*
*Galinha de campo não quer capoeira*
*Gato escaldado de água fria tem medo*
*Guarda o que comer, não guardes o que fazer*
*Homem prevenido vale por dois*
*Há males que vêm por bem*
*Homem pequenino ou velhaco ou dançarino*
*Ignorante é aquele que sabe e se faz de tonto*
*Junta-te aos bons, serás como eles, junta-te aos maus, serás pior do que eles*
*Lua deitada, marinheiro de pé*
*Lua nova trovejada, 30 dias é molhada*
*Ladrão que rouba a ladrão, tem cem anos de perdão*
*Longe da vista, longe do coração*
*Mais vale um pássaro na mão, do que dois a voar*
*Mal por mal, antes na cadeia do que no hospital*
*Manda quem pode, obedece quem deve*
*Mãos frias, coração quente*
*Mais vale ser rabo de pescada que cabeça de sardinha*
*Mais vale cair em graça do que ser engraçado*
*Mais depressa se apanha um mentiroso que um coxo*
*Mais vale perder um minuto na vida do que a vida num minuto*
*Madruga e verás trabalha e terás*
*Mais vale um pé no travão que dois no caixão*
*Mais vale uma palavra antes que duas depois*
*Mais vale prevenir que remediar*
*Morreu o bicho, acabou-se a peçonha*
*Muita parra pouca uva*
*Muito alcança quem não se cansa*
*Muito come o tolo mas mais tolo é quem lhe dá*
*Muito riso pouco siso*
*Muitos cozinheiros estragam a sopa*
*Não há mal que sempre dure, nem bem que não se acabe*
*Nuvem baixa sol que racha*
*Não peças a quem pediu nem sirvas a quem serviu*
*Nem tudo o que reluz é ouro*
*Não há bela sem senão*
*Nem tanto ao mar nem tanto à terra*
*Não há fome que não dê em fartura*
*Não vendas a pele do urso antes de o matar*
*Não há duas sem três*
*No meio é que está a virtude*
*No melhor pano cai a nódoa*
*Nem contas com parentes nem dívidas com ausentes*
*Nem oito nem oitenta*
*Nem tudo o que vem à rede é peixe*
*No aperto e no perigo se conhece o amigo*
*No poupar é que está o ganho*
*Não dá quem tem, dá quem quer bem*
*Não há sábado sem sol, domingo sem missa nem segunda sem preguiça*
*O saber não ocupa lugar*
*Os cães ladram e caravana passa*
*O seguro morreu de velho*
*O prometido é devido*
*O que arde cura o que coça sara e o que aperta segura*
*O segredo é a alma do negócio*
*O bom filho à casa retorna*
*O casamento e a mortalha no céu se talha*
*O futuro a Deus pertence*
*O homem põe e Deus dispõe*
*O que não tem remédio remediado está*
*O saber não ocupa lugar*
*O seguro morreu de velho*
*O seu a seu dono*
*O sol quando nasce é para todos*
*O óptimo é inimigo do bom*
*Os amigos são para as ocasiões*
*Os opostos atraem-se*
*Os homens não se medem aos palmos*
*Para frente é que se anda*
*Pau que nasce torto jamais se endireita*
*Pedra que rola não cria limo*
*Para bom entendedor meia palavra basta*
*Por fora bela viola, por dentro pão bolorento*
*Para baixo todos os santos ajudam*
*Por morrer uma andorinha não acaba a primavera*
*Patrão fora, dia santo na loja*
*Para grandes males, grandes remédios*
*Preso por ter cão, preso por não ter*
*Paga o justo pelo pecador*
*Para morrer basta estar vivo*
*Para quem é, bacalhau basta*
*Passarinhos e pardais,não são todos iguais*
*Peixe não puxa carroça*
*Pela boca morre o peixe*
*Perde-se o velho por não poder e o novo por não saber*
*Pimenta no cu dos outros para mim é refresco*
*Presunção e água benta, cada qual toma a que quer*
*Quando a esmola é grande o santo desconfia*
*Quem espera sempre alcança*
*Quando um não quer, dois não discutem*
*Quem tem telhados de vidro não atira pedras*
*Quem vai à guerra dá e leva*
*Quem parte e reparte e não fica com a melhor parte, ou é tolo ou não tem arte*
*Quem sai aos seus não degenera*
*Quem vai ao ar perde o lugar e quem vai ao vento perde o assento*
*Quem semeia ventos colhe tempestades*
*Quem vê caras não vê corações*
*Quem não aparece, esquece; mas quem muito aparece, tanto lembra que aborrece*
*Quem casa quer casa*
*Quem come e guarda, duas vezes põe a mesa*
*Quem com ferros mata, com ferros morre*
*Quem corre por gosto não cansa*
*Quem muito fala pouco acerta*
*Quem quer festa, sua-lhe a testa*
*Quem dá e torna a tirar ao inferno vai parar*
*Quem dá aos pobres empresta a Deus*
*Quem cala consente*
*Quem mais jura é quem mais mente*
*Quem não tem cão, caça com gato*
*Quem diz as verdades, perde as amizades*
*Quem se mete em atalhos não se livra de trabalhos*
*Quem não deve não teme*
*Quem avisa amigo é*
*Quem ri por último ri melhor*
*Quando um burro fala, o outro abaixa a orelha*
*Quanto mais te agachas, mais te põem o pé em cima*
*Quem conta um conto acrescenta-lhe um ponto*
*Quem diz o que quer, ouve o que não quer*
*Quem não chora não mama*
*Quem desdenha quer comprar*
*Quem canta seus males espanta*
*Quem feio ama, bonito lhe parece*
*Quem não arrisca não petisca*
*Quem tem boca vai a Roma*
*Quando o mar bate na rocha quem se lixa é o mexilhão*
*Quando um cai todos o pisam*
*Quanto mais depressa mais devagar*
*Quem entra na chuva é pra se molhar*
*Quem boa cama fizer nela se deitará*
*Quem brinca com o fogo queima-se*
*Quem cala consente*
*Quem canta seus males espanta*
*Quem comeu a carne que roa os ossos*
*Quem está no convento é que sabe o que lhe vai dentro*
*Quem muito escolhe pouco acerta*
*Quem nada não se afoga*
*Quem nasceu para a forca não morre afogado*
*Quem não quer ser lobo não lhe vista a pele*
*Quem não sabe é como quem não vê*
*Quem não tem dinheiro não tem vícios*
*Quem não tem panos não arma tendas*
*Quem não trabuca não manduca*
*Quem o alheio veste, na praça o despe*
*Quem o seu cão quer matar chama-lhe raivoso*
*Quem paga adiantado é mal servido*
*Quem parte velho paga novo*
*Quem sabe faz, quem não sabe ensina*
*Quem tarde vier comerá do que trouxer*
*Quem te cobre que te descubra*
*Quem tem burro e anda a pé mais burro é*
*Quem tem capa sempre escapa*
*Quem tem cem mas deve cem pouco tem*
*Quem nasce torto, tarde ou nunca se endireita*
*Quem tudo quer tudo perde*
*Quem vai ao mar avia-se em terra*
*Quem é vivo sempre aparece*
*Querer é poder*
*Recordar é viver*
*Roma e Pavia não se fez em um dia*
*Rei morto, rei posto*
*Se em terra entra a gaivota é porque o mar a enxota*
*Se sabes o que eu sei, cala-te que eu me calarei*
*Santos da casa não fazem milagres*
*São mais as vozes que as nozes*
*Toda brincadeira tem sempre um pouco de verdade*
*Todo o homem tem o seu preço*
*Todos os caminhos vão dar a Roma*
*Tristezas não pagam dívidas*
*Uma mão lava a outra*
*Uma desgraça nunca vem só*
*Vão-se os anéis e ficam-se os dedos*
*Vozes de burro não chegam aos céus*
*Zangam-se as comadres, descobrem-se as verdades*

* O mundo só pode ser melhor do que até aqui*

* Quando fizeres p'los outros, mais do que por ti !*

*António Aleixo (pastor e poeta)*

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