quinta-feira, 17 de abril de 2014

O estado novo e a nossa democracia!!!!


 




Recuso fazer comparações entre democracia fascismo. Repúdio o texto abaixo por valorizar as "Obras do Estado Novo", escamoteando o que se fez de bom nos últimos 40 anos, mas publico-o, simplesmente, para recordar que realmente o fascismo preocupou-se bastante com a teoria " Portugal é Lisboa, o resto é paisagem!"

Comparações entre ontem e hoje: o Estado Novo e a Democracia partidária

O texto que segue não é da minha autoria mas sim de um comentador deste blog, com experiência de vida suficiente para testemunhar o que escreveu. Se o mesmo autorizar publico o nome.

Como me parece interessante o estudo, que levou mais de uma dúzia de páginas A4, coloco-o aqui, para ser lido com calma. É por isso mesmo um texto longo mas que se lê bem.

Quatro décadas para construir e quatro décadas para destruir Portugal

(Duas Listas para comparar e meditar)

O presente texto tem como propósito confrontar, de forma muito aligeirada, as realizações efectuadas pelos dois últimos Sistemas de Governação que ocorreram em Portugal: O Estado Novo e a Democracia, cada um em actividade durante, aproximadamente, quatro décadas.

Durante o tempo do Estado Novo, houve uma Geração de Portugueses competentes, respeitadores da Lei e da Ordem e dos interesses do Bem Público que, em pouco mais de quatro décadas de trabalho árduo, deixaram a Nação portuguesa praticamente íntegra de seu território e nela implantada uma Obra imponente onde, pouco ou nada de semelhante existia. Acrescente-se ainda que toda essa Obra foi integralmente paga com dinheiro português.

Ao recordar apenas algumas das muitas realizações dessa época ímpar, presta-se uma singelíssima homenagem àqueles que, sob a égide e determinação do Doutor António de Oliveira Salazar, souberam erguer essa Obra tão positivamente valiosa, vasta e profunda que se destaca, pelo contraste, daquela que imediatamente a antecedera e da que lhe sucedeu, em períodos de tempo comparáveis.

Para dar testemunho desse contraste apresenta-se, em primeiro lugar, uma “reduzida” Lista de algumas parcelas da Obra do Estado Novo, concebidas, erigidas e totalmente apetrechadas, nesse período. Tais Obras, verdadeiros motores de Progresso e Bem – estar do Povo Português, foram executadas recorrendo, sempre que possível, a materiais, mão-de-obra e “saber fazer” de origem nacional, por pessoas responsáveis que não pactuaram com esbanjamentos criminosos nem graves omissões e, uma vez terminadas, prestavam publicamente contas de todas as despesas feitas.

Em seguida, com desprazer, apresenta-se uma outra “pequena” Lista de “Obras” e situações que têm vindo a ocorrer, nas quatro décadas posteriores ao fim do regime do Estado Novo. Do confronto desta Lista com a anterior, fácil se torna ajuizar das consequências dos actos de gestão daqueles que tiveram e têm a responsabilidade de governar Portugal, durante ambos os períodos.

De 1930 a 1974 , Obra efectuada na Região de Lisboa:

1) Construção de Bairros Sociais.

(Arco do Cego; Madre de Deus; Encarnação; Caselas; Alvalade; Olivais; Bairros para Polícias).

2) Construção do Aeroporto Internacional da Portela.

3) Construção do Aeroporto Marítimo de Lisboa.

(Hoje extinto. Na Doca dos Olivais está actualmente instalado o Oceanário de Lisboa).

4) Construção do Instituto Superior Técnico.

5) Construção da Cidade Universitária de Lisboa.
(Faculdade de Direito, Faculdade de Letras, Reitoria, Cantina e o Complexo do Estádio Universitário).

6) Construção do novo Edifício da Escola Técnica Industrial Marquês de Pombal.

7) Construção do Liceu Filipa de Vilhena, no Arco do Cego.

8) Construção da Escola Técnica elementar Francisco de Arruda e mais oito similares.

9) Construção da Escola Comercial Patrício Prazeres.

10) Construção da Biblioteca Nacional.

11) Construção do Instituto Nacional de Estatística.

12) Construção do Laboratório Nacional de Engenharia Civil.

13) Construção do Edifício do Ministério das Corporações e Previdência Social.
(Hoje Ministério do Trabalho).

14) Construção do Metropolitano de Lisboa.

(As primeiras 20 Estações).

15) Construção da Ponte Salazar.
(Incluindo os respectivos acessos).

16) Captação e condução, para Lisboa, das águas do vale do Tejo.

(Comemorada com a construção da Fonte Luminosa na Alameda Afonso Henriques).

17) Plantação do Parque Florestal de Monsanto.

18) Construção do Estádio Nacional (no J amor) e alguns dos seus Anexos.

19) Construção do Estádio 28 de Maio.

20) Construção do Laboratório Químico Central do Instituto Superior de Agronomia.

21) Construção do primeiro troço da Auto-estrada da Costa do Estoril.

22) Construção do troço de Auto-estrada Lisboa a Vila Franca de Xira.

23) Construção do Hospital Escolar de Santa Maria.

24) Construção do actual Edifício do Instituto Ricardo Jorge.

(Incluindo o arranjo paisagístico da área envolvente).

25) Construção do Instituto de Oncologia.

26) Construção do Hospital Egas Moniz.

27) Assistência Nacional aos Tuberculosos.

(Criada ainda na época da Monarquia e com sede em Lisboa foi, durante o Estado Novo muito ampliada, pela instalação de vários Sanatórios e criação de dezenas de Postos de atendimento espalhados por todo o território; alguns feitos de raiz e todos equipados com os meios humanos e materiais adequados; tornaram assim possível, a obrigatoriedade do rastreio anual às populações do Comércio, da Função Pública e Estudantil. Daqui resultou uma forte e efectiva regressão, para valores mínimos, do número de pessoas infectadas pelo bacilo).

28) Electrificação da linha do Estoril.

29) Exposição do Mundo Português.

(Permitiu a criação da Praça do Império, hoje a Sala de Visitas de Lisboa. Nela se destacam as zonas ajardinadas, a Fonte Luminosa, o Museu de Arte Popular, o Espelho de Água e o Monumento aos Descobrimentos).

30) Construção e regularização da Estrada Marginal, Lisboa - Cascais.

31) Criação da Emissora Nacional de Radiodifusão.

(Incluindo a criação da unidade de Porto Alto e o Centro de Preparação de Artistas da Rádio, de onde saíram muitos dos Cantores e Apresentadores portugueses de renome).

32) Criação da Radiotelevisão Portuguesa.

(Incluindo montagem das antenas retransmissoras necessárias à cobertura de todo o Território).

33) Criação da Companhia Aérea de bandeira (TAP).

(Incluindo a criação das Oficinas de Manutenção de Aeronaves, famosas em todo o Mundo).

34) Construção da Nova Casa da Moeda.

35) Construção do Edifício Pedro Álvares Cabral.

(Destinado à Comissão Reguladora do Comércio do Bacalhau. Hoje abriga o Museu do Oriente).

36) Criação da Junta Nacional do Vinho e construção do respectivo Edifício.

(Hoje sede do Instituto da Vinha e do Vinho, IP).

37) Construção do Palácio da Justiça de Lisboa.

38) Construção do Edifício da Polícia Judiciária.

39) Construção das Gares Marítimas de Alcântara e da Rocha do Conde Óbidos.

40) Regularização integral do Parque Eduardo VII e construção da Estufa Fria.

41) Construção de vários Mercados Municipais.
(Dois exemplos apenas: Campo de Ourique e Arroios, este, na altura da sua construção, foi considerado o melhor de Portugal).

42) Construção da Feira das Indústrias.
(Na Junqueira; hoje Centro de Congressos).

43) Construção do Palácio das Comunicações.

(Na Praça D. Luiz. Hoje nomeado “Central Station”, está destinado ao Empreendedorismo e à Criatividade).

Obra efectuada por toda a área Continental e Ilhas Adjacentes:

44) Criação de várias Escolas do Magistério Primário.

45) Construção das Escolas Primárias do Plano dos Centenários em quase todas as Freguesias do País e criação de Cantinas Escolares, adstritas a muitas delas.

(Em duas décadas, 1930/1950, passou a taxa de analfabetismo, em valores aproximados, de 73% para 20,3% ; em 1957, apenas menos de 1% das crianças, em idade escolar, não recebia instrução).

46) Criação dos Liceus Nacionais e dos Liceus Normais (Masculinos e Femininos), em todas as capitais de Distrito e dezenas de outros Liceus e Escolas Secundárias, espalhados por todo o País.

47) Criação, ampliação e apetrechamento de cerca de quarenta Escolas Comerciais e Industriais, Escolas de Artes Decorativas e Escolas de Regentes Agrícolas.

48) Construção da Escola Náutica Infante D. Henrique.

(Em Paço de Arcos - Oeiras).

49) Construção da Cidade Universitária de Coimbra.

(Novos edifícios: Faculdade de Medicina, Faculdade de Letras, Faculdade de Ciências, Biblioteca Geral, Observatório Astronómico, Estádio Universitário, Complexo da Cantina onde, para além de uma excelente e moderna Cantina, se inclui a Escadaria Monumental, o Teatro Gil Vicente e as instalações da Associação Académica e ainda todo o reordenamento urbano da Alta).

50) Construção do Hospital Escolar de S. João.

(No Porto; Edifício idêntico ao do Hospital Escolar de Santa Maria, em Lisboa).

51) Criação da Estação Agronómica Nacional.
(Sacavém/Oeiras).

52) Criação da Estação Nacional de Melhoramento de Plantas.
(Em Elvas).

53) Criação do Laboratório de Física e Engenharia Nuclear.
(Na Bobadela – Sacavém, para onde se adquiriu e instalou um reactor atómico de investigação. Portugal tornou-se, então, o 35º País do Mundo, a dispor de tão moderno equipamento científico).

54) Construção do Aeroporto de Pedras Rubras.
(No Porto – Maia, hoje ampliado e com o nome de Francisco Sá Carneiro).

55) Construção da Ponte da Arrábida.
(No Porto).

56) Construção da Ponte Marechal Carmona.
(Em Vila Franca de Xira).

57) Construção dos Aeroportos das Lajes e de Santa Maria.
(Nos Açores; com comparticipação estrangeira).

58) Construção do Aeroporto do Funchal (primeira fase).

59) Construção dos principais aproveitamentos hidroeléctricos nacionais, concretizados e m dezenas de Grandes Barragens.
(Por exemplo os sistemas do Rabagão, Cávado, Douro, Mondego, Zêzere e Tejo, incluindo a construção e ampliação, por todo o território, de Subestações e da Rede Nacional de distribuição de electricidade, em todos os escalões).

60) Construção de inúmeras Obras de Hidráulica onde se incluíram dezenas de Barragens de médio porte para regadio e, nalguns casos, também para a produção hidroeléctrica.
(Incluindo a construção de centenas de km de canais de regadio, secagem de pântanos, protecção das margens e correcção de alguns cursos de rios, por todo o Território Nacional).

61) Construção de mais de 240 Pontes e Viadutos e ainda maior número de Pontões.
(Já mencionadas três pontes, itens 15, 55 e 56, mas podemos acrescentar ainda, só a título de exemplo, o Vi aduto Duarte Pacheco em Lisboa, a Ponte de Santa Clara em Coimbra; a Ponte sobre o Douro em Barca d’Alva; Pontes de Entre-os Rios, de Chaves, de Santa Clara – a - Velha no Concelho de Odemira, da foz do Dão - hoje submersa, etc., etc.).

62) Melhoria geral da rede Rodoviária Nacional.
(Em 30 anos apenas, entre Estradas Nacionais, Municipais e Caminhos em construção integral - com terraplanagens, pavimentações e reparações - o País foi enriquecido com mais de 21 600 km de Vias d e Comunicação).

63) Melhoria geral de toda a Rede Ferroviária Nacional.
(Renovação parcial da via e das viaturas de passageiros e mercadorias; melhoria das passagens de nível, da sinalização, das comunicações telegráfica e telefónica entre Estações e completa modernização de todas as Estações de Caminho de Ferro).

64) Ampliação e renovação, em todo o território, da Rede Telefónica Nacional.
(Incluindo também a melhoria geral de outros serviços de Telecomunicações: Telegrafia e TSF).

65) Construção de cerca de duzentas Estações de Correios.

66) Construção generalizada, por todo o País, de Redes públicas de abastecimento de água potável e Redes de saneamento.
(Iniciou-se nesta época, a construção das primeiras ETAR, em alguns Concelhos).

67) Execução de inúmeras Obras Portuárias por todo o Litoral por tuguês.
(Leixões, Aveiro, Figueira da Foz, Lisboa, Sesimbra, Sines, Algarve, Madeira e Açores; menciona-se, por exemplo a construção de alguns esporões de protecção da costa, a construção e apetrechamento dos Portos de mar e Molhes, incluindo dragagens; construção de Cais, Docas, edifícios para as Capitanias, Lotas e ainda o apetrechamento dessas instalações com toda a espécie de equipamentos usados na movimentação e armazenagem portuária).

68) Criação das Bases aéreas .
(Ota, Montijo, Monte Real, Beja, etc. incluindo a aquisição no Estrangeiro de um vasto conjunto de aeronaves e equipamentos afins e a criação das OGMA, verdadeira escola de Mecânica fina de elevada qualidade, totalmente dedicadas à Construção e Manutenção de Aeronaves militares).

69) Renovação da Base naval da Marinha.
(No Alfeite ; simultaneamente Escola Naval e Estaleiro de construção e reparação Naval onde se construíram e repararam várias dezenas de vasos de guerra de toda a espécie).

70) Aquisição do Navio Hospital “Gil Eanes”.
(O segundo deste nome, o qual constituíu um apoio inestimável à Frota Bacalhoeira).

71) Criação das Casas do Povo e das Casas dos Pescadores.
(Incluindo a construção de centenas dos respectivos edifícios).

72) Construção de novos Hospitais e Sanatórios e beneficiação dos antigos.
(Apenas dois exemp los, dos muitos construídos por todo o País: a construção do Hospital Rovisco Pais – Leprosaria - na Tocha com dezenas de edificações espalhadas por uma área total de 110 ha, aproveitando integralmente uma doação do grande benemérito; construção do Hospital Psiquiátrico de Sobral Cid - próximo de Coimbra - com 15 edifícios espalhados por uma área de 10 ha).

73) Criação e implantação do Plano de colonização interna.
(Permitiu grandes desenvolvimentos agrários em várias zonas do País, quase desabitadas e improdutivas. Um exemplo: Pegões, onde se aproveitou também uma doação do benemérito Rovisco Pais. Todos os colonos recebiam grátis, para além de uma casa de habitação, terreno para cultivar, sementes, algumas alfaias agrícolas e apoio pecuniário nos primeiros anos de instalação).

74) Construção de dezenas de Palácios da Justiça, de Casas dos Magistrados e remodelação de muitos Tribunais.

75) Construção de diversos Edifícios Prisionais, Prisões – escola e Residências de Guardas Prisionais.

76) Construção das Centrais Termoeléctricas do Carregado e do Funchal.

77) Contam-se por muitas centenas, as obras de recuperação efectuadas em Castelos, Igrejas e Catedrais, Museus e outros Edifícios e Monumentos Nacionais, Parques e Jardins.
(Um pouco por toda a parte incluindo, geralmente, também as respectivas áreas envolventes.
De referir ainda a construção de dezenas de Estátuas, Bustos e outros Monumentos evocativos de Grandes Portugueses e Assuntos Pátrios notáveis, que hoje adornam muitos locais públicos).

78) Construção e guarnição dos Postos de Controlo Fronteiriço e Alfandegário ao longo de toda a Fronteira terrestre e junto aos Portos de mar e Aeroportos.

79) Construção de diversos Silos, de grande capacidade, para o armazenamento de cereais.

80) Con strução de diversos Quartéis de Bombeiros.

81) Construção de diversos Mercados Municipais.

82) Construção de mais de uma centena de Bairros Sociais por todo o território.

83) Construção de mais de uma dezena de Edifícios dos Paços do Concelho e construção do edifício da Junta Geral do Distrito Autónomo do Funchal.
(Complementarmente, quase todos edifícios dos Paços do Concelho existentes foram remodelados ou ampliados).

84) Criação dos “Livros únicos” para os Ensinos Primário e Secundário.
(Esta medida proporcionou grandes economias às Famílias portuguesas da época. Mais de 60 anos passados, após a primeira edição dos três primeiros Livros de Leitura do Ensino Primário, eles continuam a ser procurados nas sucessivas edições que o mercado reclama, porque a sua inegável qualidade, os mantêm valiosos e úteis).

85) Criação das Pousadas de Portugal.

86) Criação da FNAT.
(Hoje INATEL).

87) Construção de diversas Colónias de Férias para crianças.
(Em Viana do Castelo e na Gala – Figueira da Foz , para só citar duas).

88) Construção do “Portugal dos Pequeninos”.

(Em Coimbra; uma obra muito apoiada pelo Dr. Bissaya Barreto)

89) Construção da Creche/Infantário Ninho dos Pequeninos.

(Em Coimbra; uma obra muito apoiada pelo Dr. Bissaya Barreto)

90) Construção de diversas Casas da Criança.
(Espalhadas pela Região Centro e também sugeridas e apoiadas pelo Dr. Bissaya Barreto).

91) Instituição do ABONO DE FAMÍLIA, para todos os filhos de pais assalariados.

92) Instituição da ADSE.

93) Aplicação efectiva e geral da Semana de Trabalho de 48 horas.

94) Construção de vários Quartéis militares.
(Por exemplo, Adidos da Força Aérea no Lumiar, Lisboa – hoje Hospital da Força Aérea, Comandos na Amadora, Caldas da Rainha, Viseu, Braga, etc.). De salientar também a ampliação e remodelação dos edifícios e apetrechamento de todos os Quartéis já existentes incluindo até, em alguns casos, a construção de habitações para Oficiais e Sargentos e suas Famílias).

95) Desenvolvimento e apetrechamento sofisticado da Manutenção Militar, dos Hospitais Militares, do Laboratório e Farmácia Militar e também das Fábricas de Armas, Munições e Explosivos militares.
(O fabrico nacional de variado material de guerra, de veículos específicos, navios para a Armada e até de aeronaves, veio permitir o desenvolvimento de capacidades e tecnologias muito avançadas para a época tornando assim possível, a exportação de produtos de alto valor acrescentado: Fábricas em Braço de Prata, Moscavide, Bracarena, Oeiras, Tramagal, Alverca, etc.).
De referir aqui, igualmente, o esforço continuado, ao longo dessas quatro décadas, para melhorar e modernizar o Ensino e o Treino militar: Academia Militar, Escola Naval, Academia da Força Aérea, Navio Escola  Sagres, Escolas de Pilotagem de Aviões - Aveiro, Sintra, Ota - Escolas de Fuzileiros Navais, Marinheiros, Pára-quedistas, Infantaria, Artilharia, Comandos, etc.: Vale de Zebro, Vila Franca de Xira, Mafra, Tancos, St.ª Margarida, Lamego).

96) Acolhimento fraterno e seguro, prestado pelo Estado Português a inúmeros refugiados de guerra.
(Entre os quais se destaca o Sr. Caloust Gulbenkian que, em agradecimento desse bom acolhimento e segura protecção, dotou adequadamente a Fundação que tem o seu nome, a qual tanto tem ajudado e cultivado sucessivas gerações de Portugueses, há mais de cinco décadas a esta parte, nos mais diversos ramos do Saber, da Arte e da Cultura).

97) Concessão, pelo Estado Português, de apoios diversificados a muitos dos investidores privados nacionais e estrangeiros (grandes e pequenos) que, pelas suas iniciativas, criaram ou desenvolveram empreendimentos de vulto e dos quais resultou Pão, Trabalho, Formação, Segurança e Apoio a milhares de famílias portuguesas, apoio traduzido na criação de Bairros operários, Escolas, Creches, Cantinas, Postos Médicos, Colónias de Férias, Clubes de Futebol, Serões para Trabalhadores, etc.
(Exemplos de Organizações e Indústrias então criadas, desenvolvidas ou introduzidas em Portugal: Siderurgia Nacional, Cuf, Lisnave, Setenave, Mague, Sorefame, Cometna, Fundições, Carris, Duarte Ferreira - Tramagal, Indústrias de Camionagem, de Montagem de Automóveis, Autocarros e Camions, Fabrico de Pneumáticos e Componentes mecânicos para Automóveis, Sacor, Cimenteiras, Construtoras Civis, Casa do Douro, Têxteis da lã e do algodão, Confecções, Fabrico de Fardamento Militar, Curtumes, Calçado e Chapelaria, Fósforos, Cordoaria, Agro-Alimentar, Indústria Conserveira, Moagem de cereais, Nestlé, Indústria Vidreira, Indústria Cerâmica, Philips Portuguesa, Standard Eléctrica, Siemens, Efacec, Indústrias de Cabos Eléctricos e de Motores eléctricos, Indústrias do Papel, Exploração Mineira, Indústria Farmacêutica, Companhias de Navegação, Grandes empreendimentos Hoteleiros e tantas mais).

Quando alguém diz que tudo isto foi feito à custa da exploração ultramarina, esta é a resposta:

E os Povos de lá, não ficaram a dispor de uma Língua Universal, um bem inestimável?

Não ficaram milhões de indivíduos autóctones com Cursos escolares primários, Cursos médios e Cursos universitários ministrados não só na Metrópole mas também por todo o Ultramar, pagos pelo Erário Público Português?

E o que lá ficou edificado?

Não ficaram todas as Províncias Ultramarinas, nomeadamente Angola e Moçambique, dotados de dezenas de CIDADES COMPLETAS, onde se incluíam toda a espécie de Edifícios habitacionais e Edifícios administrativos, Mercados Municipais, Redes completas de abastecimento de águas e electricid ade, Redes de efluentes, Escolas primárias, Liceus, duas Universidades, Hospitais, Quartéis e várias outras instalações militares e até Estádios de Futebol e unidades completas de Radiodifusão, pagos pelo Erário Público Português? (Tudo isto feito com Qualidade, convenientemente apetrechado e a funcionar regularmente).

Não ficaram disseminadas pelos territórios, muitas Pontes e Viadutos, Barragens grandiosas e grandiosas redes de distribuição eléctrica (Cambambe e Cabora Bassa, por exemplo), inúmeras Estradas, Linhas de Caminhos de Ferro incluindo todo o material circulante, Portos de mar e modernos (à época) Aeroportos e Aeródromos, pagos pelo Erário Público Português? (Tudo isto feito com Qualidade, convenientemente apetrechado e a funcionar regularme nte).

Para quem recebeu um País rural, quase analfabeto, na Bancarrota e numa agitação política e social tremenda, que atravessou as épocas difíceis da Guerra Civil de Espanha e da 2ª Guerra Mundial, que teve de enfrentar a Guerra do Ultramar em três frentes; que após a sua governação deixou o País sem dívidas, A CRESCER, EM MÉDIA, A MAIS DE 6% AO ANO, na última década da sua governação, que até devolveu integralmente o dinheiro recebido de empréstimo do Plano Marshal, que deixou em cofre 50* milhões de contos de réis em divisas e quase 866** toneladas de ouro nas reservas do Estado, é Obra! (fontes: * Blogue: “O Adamastor”; **Blogue: The Bests”).

Comparemos a Lista anterior com a Lista de algumas das realizações do período posterior de outros 40 anos, dito da LIBERDADE e da DEMOCRACIA:

De 1974 e 2014, os Governantes deste período de tempo,conseguiram:

1) Levar o País a TRÊS (3) Bancarrotas.

Como consequência de desgovernos. Atente-se, por exemplo, às excessivas despesas feitas por todos os Órgãos de Soberania, acrescidas das vultosas Subvenções concedidas, quer aos Partidos Políticos representados na Assembleia da República, quer às centenas de Fundações (nascidas como cogumelos).

Acrescentem-se também, os custos da Gestão das inúmeras Empresas Públicas e Organismos afins entretanto criados.

Todas estas despesas deviam ser sempre um exemplo de contenção e parcimónia mas, afinal, consomem quantias fabulosas, impensáveis num País de poucos recursos como é Portugal.

2) A destruição massiva do emprego.

Actualmente há, oficialmente, 700 000 portugueses desempregados ou seja uma taxa de desemprego acima dos 16% (em 2013) e muitos mais haveria se não tivessem emigrado aos milhares!

Isto é o resultado da progressiva destruição do tecido empresarial nacional.

Vamos assistindo, por todo o País, ao definhar:

- Da Agricultura: pela importação de bens alimentares que antigamente se produziam internamente, pelo abandono das terras e das explorações pecuárias por falta de rentabilidade, pelos pavorosos incêndios florestais anuais e até já houve incentivos para arrancar árvores e para não semear, etc.

- Das Pescas: com incentivos à venda e abate de embarcações e de licenças de pesca.

- Da Indústria e do Pequeno Comércio em geral, com falEAncias e encerramentos de Empresas, às centenas, devido a diversos e graves factores; destes destacamos alguns pelos quais o Estado é responsável: a Justiça cara e morosa, a Legislação em constante mudança, o forte aumento dos impostos e das rendas de casa, a redução da procura interna e, recentemente, a importação massiva dos mais diversos artigos de origem oriental.

Mais de 85% das famílias portuguesas têm hoje, um ou mais elementos desempregados, pois as leis entretanto promulgadas facilitam o despedimento rápido, quase sob qualquer pretexto e com encargos reduzidos para a entidade patronal. Mesmo assim, nem sempre se respeita a lei.

Hoje 434 800 jovens, dos 15 aos 32 anos, nem estudam nem trabalham – são a chamada Geração “nem-nem”; (fonte: Público “on-line” 24/11/2013).

Porém, em 1974, existiam SETENTA E UMA (71) empresas portuguesas com mais de 1000 empregados.

Hoje contam-se apenas DUAS (2); (fonte: INE).

3) A destruição do Ensino em geral.

É confrangedora a média negativa das classificações obtidas actualmente nos Exames Nacionais para o Ensino Médio e confrangedora é a ignorância evidenciada por muitos licenciados e estudantes universitários, em questões simples de Cultura Geral, nomeadamente na Língua Portuguesa escrita e falada, História e Geografia de Portugal e na História e Geografia Universais. (Vejam-se, por exemplo, os concursos sobre Cultura Geral, na RTP).

O encerramento de inúmeras Escolas, a introdução de métodos pedagógicos de qualidade duvidosa (ensino da Matemática por processos “inovadores”, uso de Computadores no Ensino Básico, etc.) e a concentração dos alunos em colmeias escolares afastando-os do seu ambiente familiar, tudo isto tem originado a diminuição da qualidade do Ensino, o aumento do abandono escolar e constitui mais um factor que contribui para a desertificação do território interior nacional, já de si bastante acentuada.

Cabe ainda aqui referir, o enorme desinvestimento feito no ensino da Língua Portuguesa que se estende até aos descendentes dos nossos Emigrantes, pelo despedimento de dezenas de professores contratados para dar aulas aos seus filhos.

Em contraponto, está em curso o projecto de ensinar em Portugal o idioma inglês, nas escolas oficiais do Ensino Básico, às crianças portuguesas que ainda mal conhecem a Língua Mãe e a sua Gramática. (Escolas oficiais há, onde até já se ensina Mandarim (!) a crianças de 8-10 anos…).

Igualmente grave é o facto de nada ser feito pelas Autoridades para reduzir a péssima influência a que a Juventude está hoje sujeita, não só pelo abuso da Diversão Nocturna, mas também dos frequentes Eventos “culturais” alienantes, fontes de graves licenciosidades e dos piores vícios.

Daqui resulta que, muitos dos Homens e Mulheres de Amanhã, não adquirem hábitos de trabalho e não praticam o respeito por si próprios nem pelo seu semelhante.

Além disso estão completamente alheios ao sentimento do amor à Pátria, por desconhecimento do que é e foi Portugal e tão-pouco têm ideia do papel que pretendem desempenhar na futura Sociedade que os espera.

Atente-se, por exemplo, ao que dizem e fazem muitos Jovens em eventos tais como: Festivais musicais, Jogos de Futebol, Praxes académicas e na praga dos omnipresentes “Grafitti” em paredes, no mobiliário urbano, nos Autocarros de transportes públicos, no Metro, nos Comboios, etc.

Contrariar as más tendências dessa parte significativa da Juventude, deveria ser tarefa não só das respectivas Famílias mas também dos Governos que realmente quisessem preparar o Futuro; como isso parece não acontecer entre nós, está gravemente posta em causa a Nação portuguesa enquanto nação livre, próspera e perene.

4) Mandar efectuar a remodelação de Escolas.

Esta decisão (considerada publicamente por uma Ministra da Educação, como tendo sido “uma grande festa!”) fez despesas enormíssimas mas, em muitos casos, as Obras ficaram suspensas a meio, por falta de verbas. (Como, por exemplo, na Escola António Arroio em Lisboa, onde não existe, há mais de um ano, um Refeitório; isto obriga a que os Alunos e as Alunas tomem as suas refeições diárias tendo por mesas e cadeiras o chão da calçada, nas Ruas e nos Passeios fronteiros à Escola ou em Cafés e esplanadas das redondezas).

Consta que as despesas na recuperação dos edifícios das escolas derraparam para mais do triplo - de 940 milhões de euros para 3.168 milhões - e a requalificação de algumas das 205 escolas que então tinham sido intervencionadas custou 30 mil euros por aluno.

Escolas há, cujas Obras recentes de remodelação foram executadas com tão fraca qualidade, que deram origem a muitas reclamações e à necessidade de despesas adicionais avultadas, para efectuar as responsabilidades.

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